Pensava que um dia poderia dizer ao mundo tudo o que sentia.
Pensava que um dia poderia partilhar com todos aquilo que vivia,
fazê-los tomar parte de algo que era tão especial para mim.
E ao fazer tal partilha que fosse também especial para eles.
Eles que estão em parte incerta
a fazer não se sabe bem o quê
muito menos com quem.
Porquê?
Porquê pensava eu que não poderia fazer a diferença,
destacar-me dos demais,
ser igual a mim próprio,
guiar-me pelas minhas próprias ideias e ideais?
Olhas para mim, aqui.
Tu aí.
Não sei o que pensas,
tão pouco o que te vai na alma.
Na minha vai um rodopio de sentimentos e emoções
que podem mudar o mundo,
sem que o mundo se aperceba.
Tu ai que olhas para mim aqui assim.
O que pensas?
Que falo não apenas com a voz,
mas como um louco?
Ou será que o louco és tu
que te mantens sempre igual,
com os mesmos preconceitos,
o mesmo autismo,
a mesma mentalidade retrógrada e tacanha...
Vai velho do Restelo,
vai tu para ali
e deixa-me a mim aqui.
Mais um pouco e isto torna-se um texto reivindicativo...
E é...
De mim mesmo.
O resto.... que se foda.
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