Friday, November 26, 2010

Era mortíço mas virou enguiço...



Era para ser assim...

Existe uma linha muito ténue
quase invisível
que nos separa.

Deste lado o ser
vs o desse,
o ter.

Plagiando a ideia,
escrevo Roma,
apenas que lida ao contrário.

Sem motivo nenhum, 
aparente pelos menos.
Simplesmente é giro.

E giro em torno de um conceito ilusório
que ilumina a minha mente, 
tal como uma traça que voa
à volta de uma lâmpada
que dá luz ao breu, 
nos faz ou tenta nos lembrar que não estamos sós.

Para todos nós, 
existe um farol lá bem ao fundo
que alumia a estrada de cascalho 
que jaz à nossa frente.

Adverso a conceitos, 
já por mim impostos, 
ou pelo menos na ilusão de serem meus
sigo o meu caminho.
E não serão os tropeções a me deterem por certo. 

Pinto e vivo da tela que me alimenta,
sorvo o destino que me acompanha
e tento ignorá-lo,
mas ele não se vai.
Fica.

Elimina a possibilidade
ao fazer a escolha 
que representa a ausência de ideias,
pelo menos aparente,
meio demente
e não vale a pena puxar pela mente, 
pois essa já está condicionada.

Não gosta de perder,
no entanto joga para tal.

O cansaço marca a sua presença, 
o corpo prestes a ceder.
A mente já há muito se apagou.

Do coração nem vale a pena falar.
Há muito se extinguiu 
e segue por aí perdido 
à procura de fogo que o aqueça. 

Dá-se a moleza.
Não são tons de pobreza,
mas sim de uma alma que procura mais
e ficasse por tudo aquilo que já tem.

Não importa se vais.
Eu fico,
porque daqui não sou capaz de sair.


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