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Saber o que fazer
sem ter medo do acontecer
perder sem morrer
o antes
o agora
e o depois
para voltar ao antes
sem o pois.
Sois
quem sois
porque sois
a sombra da indefinição
latente
jazente
e talvez um pouco tremente
sem que o amanhã te procure.
Ouve sem temer.
Tremer... sempre
que for preciso
e fores capaz
de voltar
a repetir o mesmo passo
sem que se passe
do passado
andado
num mergulhado estado de emoção.
Translacção emotiva
que se traduz
à vaga ideia que a reduz.
Poderia até ser vagarosa
longe da proveitosa
idosa que treme
no abismo que se abriu.
Perdeu-se o fundo,
sem que se visse o fumo
e no mundo
tudo gira sem estar parado.
Irado
por certo levado,
mas a leva não concerta.
Treme,
sem parar,
resultado de um passo perdido
sem passar o resto do dia
no lar que um dia soube a mar.
Sou leão,
imaginação de uma criança
fértil em defeitos
parca em louvores,
deserta pela permanência
do jogo que não pára.
Ri-se sem saber.
Ri-se.
Ri-se porque simplesmente é bom.
E tu, porque choras?