Wednesday, June 30, 2010

Fantástico

Fantástico...

Simplesmente fantástico...

Estou boquiaberto...

É realmente simplesmente... fantástico...

Faltam-me palavras, bem como a melodia que auxilia a pintura desta tela.
Tela, monitor, folha, página, whatever...

Bem, desvio-me da questão
sem tal intenção...

Foco... foco...

Porra... o Random do Winamp também não ajuda nada.

next... next... next...

ah... finally.

Dizia:

Fantástico...

Simplesmente fantástico...

Estou boquiaberto...

É realmente simplesmente... fantástico...

Continuam-me a faltar as palavras...

Irei encontrar, porque aquilo que os meus olhos viram,
deixaram-me simplesmente bo-qui-a-berto...

É fantástico...

É fantástico o modo como o ser humano se adapta a novas realidades,
desconhecidas até então.

Num momento é uma coisa... no seguinte outra...

Alas à coerência que não faz cá falta.
Só atrapalha uma consciência que com relativa facilidade fica pesada.

A solução... simples.
Elimina-se e já está.
Vira-se a página, novo capítulo.

E voilá... sucesso. Problema resolvido...
...pelo menos para tudo o que está dentro do campo de visão.
Afinal o que é que importa o que sai fora do mesmo?

Não deixa de ser:

Fantástico...

Simplesmente fantástico...

Estou boquiaberto...

É realmente simplesmente... fantástico...

Promessas vãs levadas pelo vento.
Não são mais do que palavras.
Repito para quem não leu ou ouviu.
Promessas vãs levadas pelo vento.
Não são mais do que palavras.

Um exemplo crasso de tal é o status.
Sabem todos aqueles que dizem que não ligam minimamente a isso?
São os primeiros a brincar com os botoezinhos do jogo,
onde com a mesma velocidade que algo ou alguém
passa da condição de desconhecido a indispensável,
sem apelo nem agravo transformam semelhante categoria
de vital em descartável.

Falta só mesmo o carimbo de recipiente vazio,
com uma fitinha vermelha a dizer frágil
e uma nota a dizer "destruir à chegada"

Mas é Fantástico...

Simplesmente fantástico...

Estou boquiaberto...

É realmente simplesmente... fantástico...

É certo que o lábio treme
e embora a alma chore
a lágrima não verte.

A mente estrangula-a,
bem como a vida que viu passar.

Fantástico...
Simplesmente... Fantástico.

Dito

Não faças uma prioridade de quem apenas te considera opção

autor - quem souber, eu actualizo com os créditos devidos...

Sunday, June 27, 2010

Música

Incrível a forma como certas músicas em combinação com as letras das mesmas nos tocam e nos transportam por vezes para sentimentos dos quais fugimos pelas mais diversas razões.
Ontem foi apenas mais um dia, tal como hoje e amanhã o será.
E queimamos com os nossos passos dessa forma, a nossa passagem por esta vida.
Eis a questão...
Quando fugir? Quando parar? Quando lutar?
Ai, a merda dos timmings....
Onde é que está o manual de instruções da puta desta vida?

Saturday, June 26, 2010

Epílogo da dança do sol e da lua

Apetece-me desaparecer.

Nada de novo este sentimento constante...

...Constante de tirar férias de mim mesmo.

E dizem...

...dizem que a escrita é uma viagem ao nosso interior.

Dizem por aí muita coisa.

Pena é que maior parte não é mais do que merda.

A merda também pode ser poética...

Basta olhar para a quantidade da mesma que se vai escrevendo por aí.

E para tal não é preciso ir mais longe do que ler este texto...

... texto este que deveria expressar o que sinto.

E, expressa...

Não aquilo que penso e quero dizer e calo dentro de mim,
sob punição Karmica que me deixa fazer aquilo que realmente quero
tendo como consequência natural a atrocidade,
a violência,
a irracionalidade lógica,
a paga da dívida que se contrai em função de se fazer aquilo que se quer...

já me perdi... é normal...

No fundo calo aquilo que quero dizer.
E vou dizer, porque a mim ninguém me cala...
Quer dizer... calo-me eu a mim próprio.

FODA-SE!!! FODA-SE!!! FODA-SE!!!
DIZ DE UMA VEZ CARALHO!

Para quê? Não sou capaz e tenho medo dos perigos que jazem lá fora.
E quando eu estiver pelas vielas sombrias,
serei apenas eu a aparar os meus golpes,
a suster o grito que a minha alma apela.

Não quero e odeio a palavra amor.
CLAP CLAP CLAP
Todos fazem um excelente trabalho em matá-lo,
Pela vanidade e leviandade com que a usam.

QUERO GRITAR.

... não posso...
calo-me... em mim...
porque outra coisa não sei fazer.

E esperava eu que alguém viesse...
... me abraçasse...
... me abraçasse...
não alguém...

tu...
simplesmente tu...

quero paz...
quero viver...
poder respirar e calar-me no meio do barulho das palavras que saem disparadas da minha boca.

Que ro te

E o medo?
Nunca deixou de estar presente...

E talvez por isso mesmo prossiga o rodopio constante de tropeções
disfarçados de anestesiantes inebriantes
que ajudam a esquecer o presente...
... pelo menos, apenas, por momentos...

Eu sou o Sol...
E tu... A Lua...
E por muito brilho que eu dê a este mundo,
será sempre o teu que a história irá recordar.
Pelo menos na minha, assim, o é.

Friday, June 25, 2010

Penso

Penso

Penso na penumbra do dia solarengo que passa
Penso em fazer e nada faço
Penso em andar e não faço mais do que tropeçar

Penso, oiço, nada mais que a mim mesmo
Penso que sou mas não mais do que ausência,
de mim mesmo, do mundo que me espera lá fora.

E eu fujo. Procuro o que me esconde.
Refugiu-me nas trevas que me acolhem e abraçam
Aconchegam-me num sítio onde as lágrimas têm lugar incerto.

Haveria tanto para dizer
e tudo o que sai do meu grito é silencio
que envolve a dor de um sonho confuso, disperso e difuso.

Penso em calar todas as vozes.
As presentes e as ausentes.
Quero que o sol se apague e a chuva se faça presente.

Penso em depenar os anjos pela sua vã função nesta vida.
Penso e só penso em merda,
Como se eu da mesma pudesse escapar.

Penso, penso e não consigo parar de pensar
e sigo sem ouvir a minha voz
sigo sem rumo nem destino, simplesmente perdido.

Penso no que deveria fazer, como, quando...
as minhas pernas... simplesmente imóveis...
Quero me mover. Mas para onde?

Penso então que o importante é andar
mesmo sem saber para onde,
o importante é mesmo andar.

Penso então em andar e em parar de pensar.
E páro.

Mas no fim sempre penso.
Penso.
Penso.
Penso...

Saturday, June 19, 2010

ridículo

Sou ridículo.
Procuro me rodear de pessoas interessantes
de modo a aportar uma réstea desse mesmo interesse à minha insignificante vida.

Sou ridículo.
Pois a minha arte não jaz na criação,
mas sim pegar nas coisas que já existem por aí
e assemblá-las, dando ares de que criei algo de novo.
Patético... apenas ilusão.

Sou ridículo.
Os dias passam, os cabelos brancos cada vez mais
e eu sem nada de significativo realmente meu posso dizer que tenho,
tirando, lá está,
aqueles que de alguma forma são especiais para mim.

Sou ridículo,
Por muito que me digam que posso ser importante para alguns seres,
não o sinto em mim. Não sou eu.
É apenas a imagem que projectaram em mim.
Em mim nada mais resta do que uma nau despida de alma.

Sou ridículo.
Perco o meu tempo em futilidades
que em nada me auxiliam na minha vida quotidiana.
Apenas servem para me perder na minha vã nulidade,
enquanto lá fora o tempo passa e não espera por mim...
Não espera por ninguém.

Sou ridículo.
Oco de rumo ou sentido, que não tem que ser necessariamente algo de mau.
Neste caso, não me parece que passe muito pelo campo do positivismo
quando nem se vislumbra o farol que indica onde começa a costa
E a tempestade há muito se abateu nesta barca formato casca de noz.

Porque no fim,
tudo se perde,
ou simplesmente fica inacabado.
haja paciência meus senhores e minhas senhoras,
porque a minha há muito se foi.

Wednesday, June 09, 2010

Quero

Quero ser mais do que sou
Quero ser mais do que a vida
Quero ser a centelha divina
que ilumina tudo aquilo em que toca
tal como Midas.
Bem, um Midas não digo.
É chato não se ter sal para cozinhar.
Enfim...
Pensei em escrever algo brilhante
e cintilante.
Algo que o mundo olhasse
e visse como fonte de inspiração
para futuras gerações.
Acaba por se revelar apenas mais um texto
chato e quadrado
Quero ser alguma coisa.
Já o sou.
Conclusão: Não sei o que quero.
Enfim... parte 2
Algo se vai encontrar.
Por certo não será por isso que deixarei de o procurar...

Friday, June 04, 2010

Apocalypse

Today is the day,
come on out to play,
maybe you pray,
maybe you stray,
but fear not the end of the days

Wednesday, June 02, 2010

Cântico do WC

Poderia ser apenas mais um texto,
um odor que perfuma as entranhas
dessa criatura que um dia
olhou para as suas mãos e perguntou ao vazio
o porque das lágrimas secarem
esse fenómeno que surge
nas mais estranhas circunstâncias
perfura a tormenta
dos calores que não alenta.
Por entre paredes de silêncio
surge a luz
que apenas encandeia.
Voraz e sublime
por entre cânticos nocturnos.
É assim que vivo...
Ou talvez...
Não.