Friday, December 12, 2008

puzzle

Por entre berros, fumo, confusão e superficialidade
jaz um corpo algo inerte
alguns até diriam com tons um pouco para o vivo
em rumo a um som vazio
como se num muro invisível se esbarrasse
Onde dois mais um que nunca foram mais do que dois em um apenas
cobre o corpo de um calor que abraça
E anestesia o corpo em forma de sono.

É apenas mais dia entre muitos que passaram
e ficaram por viver,
as vozes continuam a falar
e continuo sem perceber o que dizem
porque o dizem
como o dizem
o que são e o que querem de mim.
É tão importante quanto aquilo que eu me importo.
O curioso é certas coisas
cairem num tal departamento isolado
de tudo e todos
que revela aquilo que se desconfia
mas não se sabe.

A inépcia da existência que desconhece o que é
e o porque assim se tornou.
Não é importante pois no final
é apenas mais uma peça no puzzle.

Tuesday, December 09, 2008

Um pensamento fofinho...

Quero mais é que esta merda toda vá com caralho da puta que a pariu....

Foda-se....

Sunday, November 02, 2008

O ilustre desconhecido

Devo admitir que existe um certo conforto inerente ao facto de ter um blog,
onde não sou mais do que um ilustre desconhecido.
Tem uma certa piada E a vantagem que posso dizer
as barbaridades que bem entender sem que receba qualquer tipo de comentário.

Realmente... existe um certo conforto em tal status...

Sem mais nada de útil para dizer...
Como de habitual..
Me despeço...
Com um ... até ao próximo post.

O Ilustre desconhecido.

Saturday, October 25, 2008

Ritmo

O ritmo da vida acaba por ser tantas vezes aleatório
Rumando sem qualquer tipo de sentido
Colorido de formas que nada dizem
Mas que marcam um destino atribuído
Por forças que passam invisíveis por entre nós
Eu toco-te mas tu não o sentes.
Não o vês
Ou pelo menos assim o fazes crer.
Mas porquê crer?
Porquê perguntar sequer?
Viver com a incerteza do amanhã
O não saber o que é o correcto,
Ou.. pior... ver e não o fazer.
E se o momento passa?
E se a oportunidade se perde?
Ou o guardar, acumular até ao ponto em que explode...
Não existe ... o ... correcto...
Existe a escolha entre diferentes caminhos
Que te levam ao reencontro
Ou à noção daquilo que uma pessoa crê ser
Crê ter encontrado
E não serve, não cabe no puzzle.
A vontade de o queimar é incrível
É tão bom ser-se feliz... dizem...
E valerá a ilusão?
All that we were
All that we are
Remains in the void
To be seen by the untouched souls
That wander looking for the next fix
The next scandal.
The color of her eyes remains to be told
Because the secret is too thick, dark and scary.
Hold that train of thought
Move closer to your awaited destiny…
Gloomy
Painted with white shadows
Unsecure and alone,
Moving step by step
Running errand on a lost track.
The forest awaits you.
Please… do enter…
Please do remember my name when I leave,
Maybe for good,
Maybe just for a while,
Still, the destiny,
Only the gods know…

Uma coisa

Sabes o que me distingue de ti?
Sabes porque é que as coisas,
Nem sempre são como queremos?
Ou então, reduz-se o ritmo,
Deixa-se tilintar a vibração
Que ruma com uma batida de coração
Molhada pela chuva que cai.
Andas pela rua da amargura como dizem
E a chuva não a sentes
Toca-te, envolve-te, abraça-te,
Mas tu segues o teu caminho
Perdido, sem bem saberes onde ou de quem.
Aquelas ruas, aquelas pessoas,
Ou meramente os canais com os barcos
Que esperam ali imóveis
a sua vez para poder cortar
as águas escuras,
num sítio não mais claro.
Tudo neste mundo tem o seu momento,
o seu tempo.
Mas sem dúvida que é a espera que sufoca.
Curioso como a vontade de chorar se acerca,
Te toca, te diz o que sente
E tu... uma pedra.
Mas até as pedras reagem...
E também tu o farás...

Hm...

duas notas seguidas de outras tantas
compõem a melodia que soa
ao ritmo dos pesados pés que se arrastam
apenas para não ficarem parados
num destino perdido
por entre uma névoa transparente
rente ou mesmo sem significado
onde existem muitas possibilidades
para o 1 + 1 ser igual a uma incógnita
tal como tu o és...
o resultado de uma incerteza que se perde
por entre pilares de gigantes indiferenças.
O frio abate-se por entre dedos
que escaldam de um toque que um dia foi familiar.
Perdeu-se o rumo,
perdeu-se o destino,
Mas as letras seguem sendo escritas
por entre olhares distantes
que procuram ocultar a todo o custo
o sentimento que pensam os tornar fracos.
Já diziam que dos fracos não reza a história
Mas não terá a mesma sido construída
com o sangue e suor dos mesmos?
A crença, por vezes, pouco ou nada significa
Se nos deixamos perder por entre a vazia multidão
que nos rodeia
E o mais incrédulo espírito poderia simplesmente perguntar
Como é possível se sentir só no meio de tanta gente?
É assim mesmo a vida...
No fundo, esta, não é mais do que um produto descartável.

Sunday, October 19, 2008

Sentidos

Poderia ser algo limpo
algo a que os ímpios não tivessem acesso
algo que nem eu nem tu podemos sonhar
algo que com mais ou menos palavra
descreve o que um dia pintou a noite
.
A respiração por vezes pesa
sufoca a voz que quer gritar
dizer aquilo que não sente
e tocar aquilo que não ouve
.
Mas quando tudo faz sentido
não é mais do que um momento
vago, vazio cheio de um odor
que te indica o caminho
.
Não te apercebes
que um dia foste um homem
uma criança que não sabia brincar
e o sorriso era-te proíbido
.
Sabes?
Vi-te e sorri
Tu seguiste
Eu parei
.
Simplesmente parei de tentar
porque atrás de um som
existe sempre um ritmo
que te empurra
que tu não seguras
.
pelo menos um dia sorriste
E porquê?
Porque me deixo levar
por estes sons que me abraçam
num ritmo estonteante
que bate bate sem parar
.
Eu pelo menos um dia tentei
Ou assim procuro me convencer
Nem sempre a verdade jaz a nosso lado
no fundo, muitas vezes
apenas a mentira serve para a capa do livro.
.
.
E eu que um dia sorri
Hoje... não sei mais.
.
.
live improviso at #palavras 19/10/2008 5:17

Sunday, October 12, 2008

Hoje fui agredido...

Pois é...
hoje fui agredido...
algo surreal mesmo.
Fui pôr a Marta a casa
E como muitas vezes acontece ficamos ali um pouco na palheta.
Aproxima-se um indivíduo do carro
que assim do nada pergunta
"o que é que estás aqui a fazer?"
ao que respondo
"estás a falar comigo?"
ele volta a repetir
"o que é que estás aqui a fazer?"
e eu respondo
"estou aqui a falar com ela???"
E levo um sopapo e sou avisado.
"Tens 3 segundos para sair daqui"
Arranco com o carro em direcção à GNR.
GNR não pode ajudar pois não está na área de jurisdição deles.
Chamam a PSP, PSP chega e seguimos para o local da agressão,
à porta de casa da Marta.
Claro está... o agressor não está lá.
Quando a PSP está quase para se ir embora,
chega o individuo ... embriagado,
pedem-lhe a identificação...
pedem a minha e o individuo mantem-se em liberdade...
pois embora eu e a Marta estivessemos lá
a polícia não presenciou nada.
Enfim...

Sunday, August 10, 2008

A falta de fotos no meu blog....

Assim está... e assim seguirá.
Dá muito trabalho colocar fotos,
uma trabalhêra como se diz em determinada região do meu país.
A injustiça sempre esteve presente
sem perguntar o porquê,
não relevante de facto.
Pelo menos não tanto quanto aquilo que muitos querem fazer crer.
A justiça é vedada pela vontade (ou falta dela)...
É tudo tão estranho
e o ritmo que nunca é o mesmo, nunca é o mesmo, nunca é o mesmo
Rema em sentido oposto ao que não queria,
Mas toca... sem mesmo perceber o que diz.
Não tem de ser assim mas assim é.
Sem dizer nem tocar a história repete-se.
O murmurar dos cegos muros que se erguem
em redor de um sentimento que procurou se libertar
mas foi imediatamente sufocado pela incerteza
o medo que se apodera apenas porque se deu espaço
Espaço para perceber que nada se sabe
E quanto mais se pensa menos se sabe
Sente-se... preso...
O turbilhão de sentimentos que queria dizer amo-te
mas não deixa...
O tilintar de um pranto que outrora esteve presente
mas continua a pairar sempre no ar
Como um fantasma que não se vai.
Xõ... xô... vai-te coisa má
A minha princesa precisa descansar.
E o meu blog também...
É por isso que ele não tem fotos...
Nunca é capaz de descrever o que sinto.
Perdido...
... mas não só...

Thursday, August 07, 2008

Tic Tac - A saga....

Há coisas que não podem esperar
Tic Tac o relógio a tocar
uma rima infantil
Sem qualquer sentido de estética
O repetir de palavras
O toque
O pulsar de algo que se aproxima
no silêncio de um esgar que foge ao teu controlo.
Bem querias que tudo fosse linear...
Num repente tocam no teu braço,
Pousam suavemente e mão no teu ombro
E tu sentes-te ... bem...
Reconfortada sem bem saber porquê.
Mas filha, isso é tão... normal.
Normal não... demasiado vulgar.
A palavra mais adequada será habitual.
Pena poucos o verem.
Acho que muitos gostam de ver ou estar com crianças
Nem sempre com a mais nobre das intenções
É o mundo que temos...
e essa frase como me irrita.
O mundo que temos somos nós que o fazemos.
Parece bem o clichê, não é?
Enfim... voltando à criança e o ver.
Colocado desta maneira até parece artificial...
Não deixa de ter o seu Q de interessante,
tal como os ditos "adultos" se aproximam dos "não adultos"
apenas para ter a oportunidade de verem
as gostas celestiais cairem das inocentes esmeraldas.
As dos "adultos" há muito que secaram
deixou de ser habitual.
Não vou usar mais uma vez o velho clichê
das capas, das máscaras, das aparências e os demais...
Mesmo o termo clichê cada vez se vai tornando mais
naquilo que o mesmo define.
Mas que mania têm as pessoas de definir as coisas
e fazer com que tudo seja estático.
Ao fim ao cabo tudo é relativo
começando pela consciência
e uma certa ausência de peso na mesma.
Enfim, as coisas vêem-se de acordo com a conveniência,
porque haveria agora de ser diferente?
Penso que depois de tudo isto era desnecessário escrever
o que quer que seja.
No entanto sou teimoso...
Existe a sensação inclusive,
como se eu não fosse deste mundo,
mas enfim...
penso que nesse aspecto pouco ou nada sou diferente
do comum mortal.
Mas porque teimam eles em invadir o meu espaço
quando não são desejados.
Ou pior... têm a audácia de fazer mesmo o contrário...
Não invadirem quando são desejados.
São bizarros estes humanos
que não se decidem
andando a bater com a cabeças nos postes
que estão aí pela rua a fora.
Não batem... bem sei....
Mas deviam...
Talvez assim acordassem....
.
.
.
.
.
Ou não.

Monday, July 07, 2008

Tudo será igual

As coisas podem ter sempre mil e um significados
mil e um sentidos que mudam
de acordo com as conveniências de cada um
de acordo com os interesses do momento
em que se alinham as intenções veladas
escondidas de tudo aquilo que serve de luz no final do túnel.
As vozes que segredam os rumos que nos guiam
dizem que o sentido de tudo isto
roça o sentido vazio de um barco à deriva
que procura o farol para se guiar
dizer o que pensa sem olhar para as consequências.
O beber aquilo que lhe é posto à mesa,
O questionar a primeira parvoíce que lhe ocorre
e deixar as coisas fluirem sem terem sentido algum
Acho que depois de tudo isto tudo continuará na mesma
O nascer do dia, o pôr do sol,
Os dias, horas, minutos e segundos que nos oprimem
de modo dar lugar aos próximos que pedem algo
se saberem bem o que são, o que querem, o que fazem...
Caiem as gotas lá fora e aqui o calor,
O sono que vem com a intenção de silenciar a minha voz.
Também não é importante.
Odeio a manhã... talvez não devesse....
não importa
No final tudo será igual

Monday, April 28, 2008

Escrever

Queres escrever?
A fórmula é simples.
Uma banda-sonora que te ajude a dar som ao que escreves.
Uma melancolia, uma tristeza, um peso, uma angústia
que te ajude a trazer alguma alma às tuas frases.
As lágrimas dão-te a tinta que necessitas para as letras.
A solidão dá-te a folha que usas como pretexto.
Pretexto que usas para justificar cada golfada de ar que dás.
O Ritmo deve ser oscilante.
Não tem que ser necessariamente assim.
Talvez queiras algo mais monótono.
Mas o ritmo normalmente até te traz alguma vida
que recusas a viver.
Talvez porque não vejas como transformar o que sentes
num texto que tenha o mínimo de sentido.
Talvez apenas seja um pretexto para não dizer
Aquilo que sempre se disse com gestos
Mas a boca nunca foi capaz de o dizer.
O simples acto de a abrir estrangula a voz
que frequentemente trai o que o corpo se vê impedido de dizer
tocar, sentir aquilo que não se vive, aquilo que não se sente.
Mesmo que num repente tudo por magia se alterasse,
no fim, ficaria tudo na mesma.
É o vazio que nos une.
É o vazio que nos toca.
É o vazio que nos preenche.
É o vazio que à noite ocupa a cama fria.
E tu sem saberes o que dizer,
sem saberes o que fazer...
Compreendo-te...
Acontece-me o mesmo com o escrever.
Ao menos tento.
E tu?
E tu?

Sunday, April 27, 2008

balelas...

As mil razões que um dia foram dadas
para a vergonha dos dias passados
simplesmente passados num estado
que oscila entre a melancolia e a embriaguez
de uma alma que ignora e fecha os olhos para o que a rodeia

Poder-se-ia até se levar um ritmo mais estável
deixar a voz gritar aquilo que a mente não é capaz de decifrar
pedir um novo rumo, uma estrada coberta de branco sujo
que jaz na alegria de um firmamento ridículo

Tão ridículo que faz sorrir
sem bem saber como o fazer
O rasgar do sorriso é consistente com o rasgar do coração
que não bate mas finge que se preocupa

Na realidade o dia hoje até estava claro...
Misteriosamente passou a fazer frio e ficou escuro
Tudo marcado por uma inútil indiferença
que teima em estar presente.

Estás a ouvir?
Estás a ler?
É mais um dia, mais um traço no calendário
Mais e mais e mais de um insípido dia que teima em não acabar

A raiva que marca os passos pesados
de um ritmo que ficou por marcar,
Uma nota fora da pauta,
um suspiro que ficou por dar.

Tudo isto apenas por causa de um beijo
Tudo isto apenas por causa de um abraço
Tudo isto apenas por causa de uma incerteza
Tudo isto apenas por causa de um silêncio
Até ia dizer que se abate,
tal não é a naturalidade com que se faz presente.
Mas nada, nada seria mais errado.

A banalidade e a mortalidade
de gestos que um dia fizeram parte da vivência
do mais comum dos mortais
estão condenados a um destino que ninguém quer saber.
É falso, tudo falso.

As balelas do dia-a-dia.
E vocês ainda acreditam em estúpidas histórias de amor
que apenas lembram aos idiotas que nunca o devem deixar de o ser.

Ao fim ao cabo, os idiotas não se querem sós e perdidos
tem de ser guiados por outros idiotas de mesmo nível.
E os medos... As demonstrações de afecto...
A puta que pariu o caralho mais velho
cagou para esta merda toda.

No entanto, deixou um registo da sua existência.
Calou e escreveu.
Os idiotas, simplesmente leram.
Sim, o idiota és tu.
Eu? Não te preocupes. Viemos do mesmo sítio e não sou melhor que tu.

Saturday, April 19, 2008

Uma partida...

Eu não sou Benigni...
Perante o dia escuro não sou capaz de olhar para o raio de sol que sai ocasionalmente por de entre as nuvens...
Talvez simplesmente não o queira...
Custa-me a respirar
E ainda mais a neste momento não chorar.
Talvez nem seja suposto.
Poucas vezes me recordo de estar a escrever as minhas babuseiras e fazê-lo
E os sentimentos paradoxais que me invadem
fazem-me jazer inerte
por entre ideias que me rasgam
e me entregam de braços abertos ao nada
ficar no meu canto, imóvel,
enquanto todo o mundo passa a correr em meu redor
Ela diz que a culpa não é minha...
Sempre me o disseram...
E seria tão mais fácil se assim o fosse.
Jesus, que vontade de desaparecer e odiar este mundo sujo, porco, nojento...
A imagem de um deus sádico que nos usa à sua vontade para seu mero divertimento.
Ridícula a forma como desesperadamente me tento agarrar a qualquer coisa de modo a não me deixar ir.
Sou um cobarde... sempre fui...
Frequentemente prefiro fugir a assumir as minhas responsabilidades.
Não lhes desejo nenhum tipo de mal, bem pelo contrário,
A coisa que mais lhes desejo é que possam ser plenamente felizes,
Que realizem os seus sonhos e consumam a sua felicidade.
É verdade que continuo a guardar muita coisa para mim,
Mas nenhum poro do meu corpo me deixa mentir.
E sem dúvida que a coisa que me falta mais é o beijo,
A ausência do mesmo.
Dizem que as coisas chegam sempre na altura certa,
Na altura em que mais necessitamos delas...
Nem mesmo nesta altura sou capaz de ser fiel com aquilo que sinto
aquilo que vivo.
É odiar um mundo, uma vida que me acolhe e me tem no papel principal
E não ser capaz de dizer realmente uma palavra contra.
Estou farto de hipocrisia, do facto de se ter peninha
E que façam as coisas movidos por um sentimento de culpa.
Pó CARALHO!!!!
Sim, foi o que eu disse, PÓ CARALHO com a merda da pena,
Tenho pena da puta da vossa vida e deixem a minha em paz.
Ah, como gostava de ser capaz de ir para o meu happy place,
O meu goozfraba.
E não,os olhos dela não são azuis, são castanhos,
ela gosta de Allende, Marquéz, Saramago, Conrad e outros que mais,
Gosta do Magnólia, Benigni e estar a cozer enquanto vê uma série na televisão.
Gosta dos seus pequenos lanches, que lhe toquem nas costas
E acima de tudo de ser massajada,
Ela gosta de escrever e Jeff Buckley.
Gosta de Fausto e o negro.
É multilingue e tal como eu não suporta qualquer tipo forma de discriminação.
Tem um cabelo comprido digno de uma princesa
E a sua pele reconforta-me...
E cheira tão bem...
E cheira tão bem...
Faz batatas fritas como ninguém.
Muito inteligente e eu não seria capaz de menos.
Foi o meu refúgio...
Foi o meu amor...
Foi a minha vida...
Agora... a incerteza....
E a minha vida cheia da ausência do seu ser
O que será de mim?
Espero pelo menos que ela encontre o seu caminho...
O meu...simplesmente não importa.
simplesmente não importa.

Sunday, February 03, 2008

Monday, January 14, 2008

Um dia assim...

.
.
Poderia até ser um texto agradável
cheio de erros
como é o meu timbre
poderia ser milhentas coisas sem sentido algum
ou apenas um retrato vazio
desprovido de cores
que normalmente pintam os nossos dias
poderia ser até o caralho mais velho
mas não importa
o momento foi quebrado em pedaços
até poderias pegar neles
e tentar colá-los com cola
e... construir algo
singelo e delicado
é apenas mais um dia
um dia cinzento é certo
onde o cansaço e o sono dançam
ao som do vazio vento que nada trás
frio....
como tu, como eu, como quem não importa
quem não quer
ou mesmo ignora o que é SER
ser num momento
para no seguinte se apagar
anular-se para um futuro melhor
sim, esse monte de esterco um dia até pode ser útil
é vazio, não é?
uns até podem dizer que cheira mal
ou nem sequer tem algum tipo de ciência
ao fim ao cabo, nem sequer me pagar
e no entanto não páro
com as barbaridades que me atormentam
sem saber o que digo
o que falo.... escrevo
escrevo sem sentido
escrevo sem querer
talvez apenas para não morrer
de tédio, melancolia, alegria que me sufoca
e faz querer viver cada momento
como se fosse o primeiro de muitos que lho antecedem
é belo, não é?
não te dou tal prazer....
vá... vá....
segue lá com a tua vidinha insignificante
eu... ainda tenho de me lembrar como respirar....
mas isso um dia... um dia vai acabar.
Um fim? Um meio? um início?
Talvez apenas mais uma passagem
onde o tudo e nada confluem para um carrossel
que defronta uma turba colorida de branco e marfim
era só mesmo para rimar com fim
mas se acabar assim não acaba bem...
os finais tem que ser abertos
deixar um tom de esperança....
.... ou não.
Podem ser apenas finais
dois pontos, entre um espaço
cala-te por um momento e aprende a ouvir
aprende a ouvir
ouve com as tuas mãos
afinal... porque olhas para mim se eu te menti
menti porque não sabia o que dizer
e o silêncio é tão incómodo
sinto-me sozinho...
... como se tivesses algo a ver com isso.
.
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live improviso at #palavras 14/01/2008
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