Por um momento
as palavras leva-as o vento
na certeza do firmamento
com a firme certeza
da corteza afirmação
onde apenas na imaginação
foi cortês na esperança da sua absolvição.
Mas não deixes por um momento
que a tua certeza abale ou vacile
sem sequer um fundamento
que envolve o teu lamento
lento
e ao relento
com pouco alento
neste ritmo arritmico
onde com o meu jumento
me sento.
Sento
Sento
Páro
Penso
Medito
Reflicto
me encontro
E canto
no meu canto redondo
de onde volto e torno a voltar
tal como a volta da vida
que vive a voltar.
Paro.
Oprimido pela ignorância
Oprimido pela ignorância
ou precisamente pelo oposto
pelo tudo ver
e permaneço inerte...
sem saber o que fazer.
Este constante para-arranca
que regularmente desanca
sem apelo ao parafuso que jaz na anca
perdura e dura
não só o é como se faz
pinta-se
até que se torna parte si
sem que o si soubesse o que fosse
embora pensasse que sim.
No fundo,
É aí que reside o problema.
Pensar que se sabe
sem encontrar a humildade
que é uma pessoa simplesmente estar errada.
Para.
Respira.
Aprende.
Não há mal nenhum.
E se tiveres capacidade
É apenas uma forma de aprenderes.