Pende o passado pendente do momento seguinte
Entre a luz e as trevas
Que nos une e separa ao mesmo tempo
Sem que o tempo
que há tanto tempo se faz sentir...
Advertir!
A tempestade que há-de vir
As lágrimas que secaram de tanto esperar.
É um atropelo de palavras soltas
que juntas nada querem dizer
e ao mesmo tempo libertam algo dentro de mim,
não sei eu bem o quê.
Mas se calhar também não importa
tal e qual uma porta
que se abre para o infinito
sem se sair do mesmo lugar.
É um sítio comum
sem sequer alguma vez o ter visto.
É um amontoado...
de nada que tudo diz
sem nada significar
mas significa o mundo para mim.
O meu mundo
que tu ocupas
e nós vivemos
sem saber o porquê
nem o ter de saber
porque no final a vida é mesmo assim.
Um mundo de incertezas
Sem que nada tenha real valor,
muito para além daquele que lhe damos.
Chega de bílis
num lugar onde o amor
não tem outro lugar que sentado no trono
a reinar sobre todos os fazem parte do seu exército
que aos poucos vão desertando
dando lugar a sentimentos tão menos nobres.
O insignificado prosegue
bem como todo o rol jorrando desde dedos
que não fazem mais do que reproduzir
aquilo que a mente dita
sem que minta
ou pelo menos tenha consciência disso.
É só mais um pedaço de papel,
um suspiro,
um espirro
porque lá fora faz frio
e a corrente não deixa avançar.
Permaneço plantado
como se me esquecesse de como mexer.
Os dedos mexem,
as pernas não.
Mais um dia,
Mais uma etapa rumo ao infinito.
Bora.
Não há tempo a perder.
Vens comigo?