Tuesday, November 02, 2021

A eira da beira ribeira teima

 Sou poeta fingidor
que finge sem saber.
 Pode até nem me apetecer
mas quando posso viro pintor
  jogo tinta em forma de palavras
de forma aleatória
e exploratória
sem que de alguma forma explane
o que realmente quero dizer. 
 
E vivo assim, 
perdido no meu sentimento
decorado de pensar. 
Penso no momento.
O que é 
o que foi
e o que estará para vir.

Sobre... penso.
 
E com isso fico propenso
ao seguimento do barco
que ruma desgovernado
sem skipper 
nem redentor.

Fico... perdido na esteira
Sem eira 
nem beira.

Livre.

À deriva...

E tenho que derivar
sob o risco de estagnar.
Tamanho portento
digno de um rebentamento.

È o ontem
o amanhã 
e por fim o agora.

E agora?

Agora?

Vira a página
e segue rumo ao sol poente.

pic by:frequenzlos