Monday, December 12, 2022

Eternidade de pequenos momentos que se apresentam



Na nossa vida damos prioridade às mais diferentes coisas.
Não existe melhor nem pior.
É o que é.
Sem tirar nem pôr.

E por muito que se procurar algo sentido
Neste sentimento de desaparecimento
No meio duma multidão familiar
No entanto desconhecida
Risível, pintada duma névoa de incerteza
Incerta do seu rumo,
No entanto certa da sua certeza
Foi apenas uma gentileza
Vã de sentido
Vã de intenção
Foi mais um parecer que um ser
Sem saber ao que ia
Sem saber ao que encontrava
Perdeu-se no meio do seu ser
Até que se encontrou
Sem saber o que era
Sem saber o que gostava
Sem saber como se identificava
E identificado ficou quando tudo aconteceu
Mas apenas surpreso ficou quem não o conheceu.

Hoje é um dia,
Amanhã outro,
Apenas mais um dia
Onde da mesma forma que o sol se levanta,
Também se põe.
Excepto quando é o último...

E quando assim é há que aproveitar,
Sem clamor
Mas muita obstinação.
Mesmo que seja o último,
É importante, tanto quanto se quiser
Viver-se como se fosse o primeiro,
Com sede de viver.

A plenitude não é um estado permanente
Mas sim, uma coletânea de momentos
Que entre si pintam a tela que é a vida.
Essa é só uma.
E como tal,
Todos temos o dever moral da viver,
Sem meias medidas,
Sem temor,
Sem ancoras,
Sem preconceitos,
Sem juízos de valor.

Hoje é um dia,
amanhã outro,
E assim sucessivamente
até ao final dos dias,
Rumo ao infinito,
Rumo à eternidade.

pic by: liiga