Thursday, August 07, 2008

Tic Tac - A saga....

Há coisas que não podem esperar
Tic Tac o relógio a tocar
uma rima infantil
Sem qualquer sentido de estética
O repetir de palavras
O toque
O pulsar de algo que se aproxima
no silêncio de um esgar que foge ao teu controlo.
Bem querias que tudo fosse linear...
Num repente tocam no teu braço,
Pousam suavemente e mão no teu ombro
E tu sentes-te ... bem...
Reconfortada sem bem saber porquê.
Mas filha, isso é tão... normal.
Normal não... demasiado vulgar.
A palavra mais adequada será habitual.
Pena poucos o verem.
Acho que muitos gostam de ver ou estar com crianças
Nem sempre com a mais nobre das intenções
É o mundo que temos...
e essa frase como me irrita.
O mundo que temos somos nós que o fazemos.
Parece bem o clichê, não é?
Enfim... voltando à criança e o ver.
Colocado desta maneira até parece artificial...
Não deixa de ter o seu Q de interessante,
tal como os ditos "adultos" se aproximam dos "não adultos"
apenas para ter a oportunidade de verem
as gostas celestiais cairem das inocentes esmeraldas.
As dos "adultos" há muito que secaram
deixou de ser habitual.
Não vou usar mais uma vez o velho clichê
das capas, das máscaras, das aparências e os demais...
Mesmo o termo clichê cada vez se vai tornando mais
naquilo que o mesmo define.
Mas que mania têm as pessoas de definir as coisas
e fazer com que tudo seja estático.
Ao fim ao cabo tudo é relativo
começando pela consciência
e uma certa ausência de peso na mesma.
Enfim, as coisas vêem-se de acordo com a conveniência,
porque haveria agora de ser diferente?
Penso que depois de tudo isto era desnecessário escrever
o que quer que seja.
No entanto sou teimoso...
Existe a sensação inclusive,
como se eu não fosse deste mundo,
mas enfim...
penso que nesse aspecto pouco ou nada sou diferente
do comum mortal.
Mas porque teimam eles em invadir o meu espaço
quando não são desejados.
Ou pior... têm a audácia de fazer mesmo o contrário...
Não invadirem quando são desejados.
São bizarros estes humanos
que não se decidem
andando a bater com a cabeças nos postes
que estão aí pela rua a fora.
Não batem... bem sei....
Mas deviam...
Talvez assim acordassem....
.
.
.
.
.
Ou não.

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