Apetece-me desaparecer.
Nada de novo este sentimento constante...
...Constante de tirar férias de mim mesmo.
E dizem...
...dizem que a escrita é uma viagem ao nosso interior.
Dizem por aí muita coisa.
Pena é que maior parte não é mais do que merda.
A merda também pode ser poética...
Basta olhar para a quantidade da mesma que se vai escrevendo por aí.
E para tal não é preciso ir mais longe do que ler este texto...
... texto este que deveria expressar o que sinto.
E, expressa...
Não aquilo que penso e quero dizer e calo dentro de mim,
sob punição Karmica que me deixa fazer aquilo que realmente quero
tendo como consequência natural a atrocidade,
a violência,
a irracionalidade lógica,
a paga da dívida que se contrai em função de se fazer aquilo que se quer...
já me perdi... é normal...
No fundo calo aquilo que quero dizer.
E vou dizer, porque a mim ninguém me cala...
Quer dizer... calo-me eu a mim próprio.
FODA-SE!!! FODA-SE!!! FODA-SE!!!
DIZ DE UMA VEZ CARALHO!
Para quê? Não sou capaz e tenho medo dos perigos que jazem lá fora.
E quando eu estiver pelas vielas sombrias,
serei apenas eu a aparar os meus golpes,
a suster o grito que a minha alma apela.
Não quero e odeio a palavra amor.
CLAP CLAP CLAP
Todos fazem um excelente trabalho em matá-lo,
Pela vanidade e leviandade com que a usam.
QUERO GRITAR.
... não posso...
calo-me... em mim...
porque outra coisa não sei fazer.
E esperava eu que alguém viesse...
... me abraçasse...
... me abraçasse...
não alguém...
tu...
simplesmente tu...
quero paz...
quero viver...
poder respirar e calar-me no meio do barulho das palavras que saem disparadas da minha boca.
Que ro te
E o medo?
Nunca deixou de estar presente...
E talvez por isso mesmo prossiga o rodopio constante de tropeções
disfarçados de anestesiantes inebriantes
que ajudam a esquecer o presente...
... pelo menos, apenas, por momentos...
Eu sou o Sol...
E tu... A Lua...
E por muito brilho que eu dê a este mundo,
será sempre o teu que a história irá recordar.
Pelo menos na minha, assim, o é.
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