Wednesday, November 03, 2010

Desconexão fictícia...


Pede-se silêncio.
Silêncio.
Na portada jaz a imagem clara de uma passagem difusa.
É como se as palavras faltassem.
Ou então... até mesmo a vida.
Aqui no quarto escuro,
a música envolve-me nos seus braços.
Faz-me companhia.
Que seria da minha vida sem ela?
Serve o seu propósito, 
tal e qual como nós fazemos quando negamos o nosso destino.
Jamais traçado.
Vai sendo definido à medida que o tempo passa,
pelas acções feitas e as que ficam por fazer.
Sem nada temer, 
nem sequer o perder.

Existem por certo diversas vozes mudas
que jamais dirão o que sentem.
Repetem até à exaustão
"está tudo bem".
Quanta hipocrisia. 
Reagem com estranheza quando a resposta é "não".
Mas que importa isso?
Já dizem os espanhóis
"Es lo que hay".

Pertenço a um mundo que desconheço 
e questiono com toda a minha força
que tantas vezes de tão pouco me serve.
Abro a janela à procura de um pouco de ar...
Tudo por limpar...
Tudo por fazer...
Desde a cama à cozinha.
E a vida que não espera.
Desespera um pouco rapaz,
desperta.
Talvez isso te ajude um pouco.
E tu rapariga, 
para quê tanta questão
e duvidas da razão?
És bela e não acredites em quem diz o contrário.
Um autêntico pecado.

O tempo está a contar.
Não pára. 
Para muitos apenas ilusão.
E para ti?
O que é?

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