Friday, November 05, 2010

Respeito



Suspeito 
de algo que levo ao peito
sem qualquer tipo de despeito
Respeito.

Respeito.

Cousa rara em mim,
que nem quando vim
à luz da inocência que vivi
me vi dotado de tal fim.

Respeito.

Respeito.

Tanta gente que passa por mim, 
nada me diz
nada me dizem 
em nada me tocam,
mas tocam-me sem tocar.

Respeito.

A batida do tambor 
define o ritmo a que a coisa de conduz.
Produz a contra-luz
ao som do obus
que aqui, 
neste mesmo lugar, canto, recanto... pus.

Respeito.

Peito.

Pinto.

Finto.

Respeito.

Respeito.

Desfeito fica o coração do pai, 
quando o filho não corresponde sequer com as expectativas não criadas.
Levadas numa incerteza daquilo que as acções determinam.

Terminam.

Respeito.

Feito de uma luz de luar
que pousa sobre as minhas mãos, 
encanta os teus olhos, 
faz brilhar os meus,
e numa ausência de ruídos nos....

nus.

Não quis, mas... fiz.

Diz?

Já disse.

Respeito. 

Não tenho, mas abro o meu peito. 
É só perfurar.
Já que não fazes com as mãos, 
bem sei que o fazes com os sons que saem da tua boca,
moca como a tua cabeça.
Não desvia um milímetro da tua ideia inicial, 
muito menos questiona o móbil.

Playmobile.

O cata-vento.

Relento.

Lento.

Lento.

O cão ladra...

Mas... Respeito.

Respeito... por muito que tu penses que não.

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