Saturday, October 02, 2010

A música ausente de certas vidas...


Música, música, música.
O coração pode rasgar ao ritmo que as lágrimas caiem,
mas a música, essa, nunca deixa de estar presente.
A música não mente, esconde o que sente.
A música está lá quando todos os demais se encontram em estado... ausente.

Por muito que na minha cama me deite sozinho,
serves sempre como aconchego.
Dás-me a mão e não deixas a mesma...
Afinal, só faz falta quem está.
E quem não está que se...
... seja feliz nas escolhas que faz.

Filho pródigo em destinos escritos,
à partida já proscritos,
mantém a luta por causas que em nada pedem a sua entrega.
Um autentico D. Quixote diriam alguns.
Parvo ou mesmo idiota dizem outros.

Quis abraçar o mundo com os seus pequenos braços,
e nem a si foi capaz de abraçar
quando em seus joelhos se prostrou.
Rezou pelo mundo e maldiçoou o criador de tudo isto,
por aquilo que crê que é de seu direito.
No fundo, uma vítima de si próprio.

Perdido na vanidade,
inutilidade de um dia mais que se passou
e chega agora a seu fim.

E não por o texto se encher de palavras,
que a cama irá estar devidamente preenchida...
muito menos a sua alma...
essa...
essa...
onde anda e porque lhe é constantemente negada
o prazer de viver sem perder...
simplesmente perder-se....
em seus braços de vento,
calor que serve de alimento.

Fome, tudo o que há.
Afinal onde anda o pão que alimenta a boca?
Chega de (des)ilusão!

No comments: