Thursday, October 14, 2010

Fui ali... já venho...


Poderia ser mais um...

Poderia ser muita coisa.

Poderia.

Ter o poder de ver e não temer.
Viver.

Sumo que surge de uma seiva
feita de meit...

Bolas.
Como me safo desta?

Esta.
Esta está encostada à parede.
Riso funesto, quebrado, enfeitiçado.
Por certo irado...
Mas continua a parede encostada a... esta.
"Mas está?" perguntas.
"Efectivamente está" respondo.

Não mando,
contorço-me
e invento.
Vento que me toca,
vento que me abraça.
Toca-me!
Beija-me!
-me!
-me!
-me!

Punheta não importa.
Dá-se ao punho e...
a seiva...
quando sai...
quando calha...
Cai no espaço.
E é uma eternidade o tempo que separa,
o caminho que vai desde a pila... até ao chão.
Tesão... foi-se.
Mas a vontade fica.
Fica a fervilhar,
por debaixo da pele quente, suada,
ainda não queimada,
mas não se vê...
Não, não, não...
tesão de ilusão...
a solidão...
Clausura, matura mas não segura.
É a vontade do povo,
e a mão sempre ajuda.
Ajuda.

Rufam os tambores
que batem sem temores,
da mesma forma que eu bato
a porta que fica para trás.
Lá atrás...
Lá atrás...
Vem.
Vem se fores capaz.
Quero-te ter bem aqui juntinho a meu lado,
para depois, me pôr dentro de ti...
minha linda!

Afinal,
eu... não fujo.
Pois eu... já não estou aqui,
assim, a olhar para ti.

No comments: