Pelas pedras da calçada escrevem-se...
idiotices como esta.
Pelo meio de tanta flor
que desabrocha nesta muralha de alcatrão
não se vislumbra qualquer tipo de cor.
Por estas e por outras é que as coisas seguem sem sentido.
Perdido.
Está frio e a minha alma adormece... inerte.
Alma?
Alma!?
Que raio!!!
O cachorrinho corre, corre,
atrás da bolinha que não vê.
D. Quixote também o fez,
mas ele via aquilo que mais ninguém se atrevia.
Disparas sinais de cobardia,
cuja origem encontras nos demais.
E recusas... recusas a ver em ti.
Sento-me nestas minhas nalgas,
preso na minha própria ilusão do vazio que me enche.
Desesperado por sair desta prisão,
desesperado por fugir de mim mesmo.
Dão-me a mão e eu aceito.
Porque quero fugir, fugir e fugir.
Gosto de lutar, mas a cobardia apodera-se.
Apenas me resta uma alternativa.
Fugir.
Se ao menos existisse uma boa causa, ao menos...
Não daquelas em que somos sempre os últimos a abandonar o barco,
quando o mesmo se afunda.
Sinto-me a morrer, mas quero viver.
Onde está a merda do manual de instruções?
Que mania de deitar para o lixo toda a literatura que acompanha o produto.
Será que a fruta também vem com instruções?
E a vida?
Alguém me pode indicar a porta de saída?
Para mim, chega.
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