Friday, August 06, 2010

Insanidade...

Quis-te matar...
Por momentos apenas.
Deixar de afalfar a imagem amarga que deixaste gravada na minha mente.
Prudente...
No entanto incoerente com tudo o que tinha sido vivido até então.
Sem perdão, o vão som do vazio que remói e marca a dor da ilusão.
Perdão.

Soube interpretar por momentos aquilo que o calor não me dizia,
os meus braços não mais abraçavam
mas os pulmões continuavam a respirar
como se para isso precisassem... para... viver.

Mas viver também é perder.
Perder aquilo que nunca se teve sob pena de se render a uma verdade mais divina.
Ímpia talvez, quando se joga borda fora e aborda de novo o assunto,
junto do defunto que ora pela hora da nova badalada.

Abalada pela voz que afalfa a debandada de pensamentos que se juntam à porta,
como quem pergunta: "quem espera por mim?".
De lá de dentro, o silêncio.
O Silêncio da voz que não se ouve.

"Perdoe-me excelência se bati com muita força.
Não era para fazer mal.
Era apenas para assustar"
E tanto que o quis que o conseguiu.
Não antes sem se deixar levar pela loucura
que apenas um momento de insanidade temporania permite,
nada que evite o fim que ninguém viu chegar.
Tinha tudo uma lágrima no canto do olho.

Que conveniente...

Mas... sorri...
ninguém o fará por ti...

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