Monday, August 09, 2010

Estilhaço

Quis ser mais do que os demais.
Quis tudo para mim...
Bem como para todos os planetas que giram em meu redor
numa dança meio sincronizada com a batida universal
que teima em bater, bater e bater
e bate sem se ver.
É certo que por momentos me quis perder...
E perdi...
Não entendi...
Vivi... ou pelo menos tentei...
em tudo o que lutei...

Não sei que trará o dia de amanhã,
tão pouco o de hoje,
e os segundos invadem violentamente os segundos seguintes,
de modo a na próxima volta serem reclamados com a mesma força
que de tão avassaladora que é nem se reconhece um estilhaço
daquilo que a vazia imagem que foi um homem
cheio de ideais que não servem para mais do que serem postos em causa.

A sombra acaba por não ser mais do que uma projecção da verdadeira essência
perdida por entre os raios fulminantes de sol que se abatem por terra
sem objectivo algum.
Tudo estéril.

Respirares perdidos...
Olhos penetrantes...
abismo que se cava...
e tudo... para quê?

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