Tuesday, July 27, 2010

Eu... Tu...

Não tenho muito para dizer.
Muito menos o que escrever.
Digo e escrevo porque a tal sou impelido.
Não controlo, obedeço.
Não resisto.
Abro alas a essa corrente que me invade
e necessita de se exprimir
derrubando todos os obstáculos que se lhe opõem.
A espera apenas faz ter mais força
que se acumula numa torrente cada vez mais indomável.
A espera faz sufocar,
roubando o ar que de direito lhe pertence,
alimenta a revolta
e lhe rouba a alma.
Pelo menos tenta, procura, revela,
com esperança na volta
que dá e refaz por entre sopros vagos
que tocam ao de leve na tua orelha,
o segredo que conta,
te puxa e repuxa num rodopio infindável sem destino.
ahhhhhhhhhhhh.
Tem calma.
Respira.
É importante.
Nunca saberás se da próxima conseguirás.
Pára toca e sente.
Foge. Pára para nunca parar.
Pára. Ouve.
Mas sem sentir não faz sentido ouvir...
Tu disseste...
Eu disse..
Tu... disseste...
Eu ouvi...
Tu calaste...
Eu agi...
Tu paraste...
Eu respondi...
Eu beijei-te...
E tu...
E tu...
Ficaste em silêncio...
Ai se o silêncio matasse...
Pelo menos por um momento teria vivido.

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