Saturday, December 25, 2010

Sleep makes me awake




Existem coisas que por muito tempo que passe nunca deixam olhar para além 
das pálidas imagens que jazem presentes
à minha frente,
ausentes de si mesmas
tocando no etéreo
sem noção de si mesmas.

Em redor tudo está escuro.
O isolamento é certeza que vem de dentro.
Vislumbra-se a luz que teima em não chegar.
Esperar mais um pouco, 
mais um momento,
mais um evento,
seguido de outro,
e outro 
e outro 
e outro...

Tu aí que caminhas para aqui...
Continuo sem te ver
mas sei que estás ai.
E eu... rumo... sem te ver...
cego pela tempestade de areia que se abate sobre mim...
Empurra-me para trás...
Mas não me detém...
Sei que aí vens e eu...
marcho...
sigo...
luto...
caminho...
rastejo e corro um pouco mais ...
navego...
voou....
vou... 
a correr para ti...
Nada me pode deter...

Desta vez não é ilusão...
já oiço a tua voz 
e é ela que me puxa na tua direcção.
Marcha, marcha guerreiro,
caminha em direcção à luz,
os braços que te esperam emanam o calor que te acolhe.

Recolhe,
aos lençóis,
o teu castelo, 
o teu forte,
somos unos,
somos um...

Feliz,
em ti,
em mim, 
em nós.

Não importa que não oiças a nossa voz.
Apenas que o sintas.
Eu sinto.

E por muito que enrole não consigo para isto encontrar um fim...
Talvez apenas porque isto apenas seja um início...

Comecemos então....

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