Existem coisas que por muito tempo que passe nunca deixam olhar para além
das pálidas imagens que jazem presentes
à minha frente,
ausentes de si mesmas
tocando no etéreo
sem noção de si mesmas.
Em redor tudo está escuro.
O isolamento é certeza que vem de dentro.
Vislumbra-se a luz que teima em não chegar.
Esperar mais um pouco,
mais um momento,
mais um evento,
seguido de outro,
e outro
e outro
e outro...
Tu aí que caminhas para aqui...
Continuo sem te ver
mas sei que estás ai.
E eu... rumo... sem te ver...
cego pela tempestade de areia que se abate sobre mim...
Empurra-me para trás...
Mas não me detém...
Sei que aí vens e eu...
marcho...
sigo...
luto...
caminho...
rastejo e corro um pouco mais ...
navego...
voou....
vou...
a correr para ti...
Nada me pode deter...
Desta vez não é ilusão...
já oiço a tua voz
e é ela que me puxa na tua direcção.
Marcha, marcha guerreiro,
caminha em direcção à luz,
os braços que te esperam emanam o calor que te acolhe.
Recolhe,
aos lençóis,
o teu castelo,
o teu forte,
somos unos,
somos um...
Feliz,
em ti,
em mim,
em nós.
Não importa que não oiças a nossa voz.
Apenas que o sintas.
Eu sinto.
E por muito que enrole não consigo para isto encontrar um fim...
Talvez apenas porque isto apenas seja um início...
Comecemos então....
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