Saturday, December 04, 2010

Era mesmo necessário tudo isto?




Muito pensei no que dizer, 
fazer,
ou o que iria encontrar
por entre as fachadas que me caiam aos pés.

Caminhei por entre ruínas 
decompostas daquilo que eram outrora sólidas imagens
construídas de uma vanidade atroz.

Dizes que és.. 
o irrelevante do que foi a tua vivência premente
que não discute mas mente 
da forma que pode... desconexa.

E recorres ao que te rodeia, 
desesperas sem que a espera te alcance
ou te deixes abraçar pela mão que te protege.
Estás só porque assim o desejas.
Melhor até, dizer tu.
Ou disso mesmo te queres convencer. 

Mas não me venhas atirar areia para os olhos, 
pois leio-te ao longe.
Sabes lá tu o que é música
com o poder de mudar este mundo e o outro. 

O problema não é teu, 
pois quem não tem a percepção de como o processo funciona,
jamais poderá descortinar as manipulações 
a que o mais comum dos mortais está sujeito. 
És apenas mais um nesse carreiro.

Não é para te fazer sentir melhor.
Não é esse o meu papel. 

O Juvenal trás por aí o jornal
E continuas sem lá aparecer.
Porque será?
Porque será seu vil ser?
Homenzinho sem querer,
Mulherzinha que se faz passar por santa.
No fundo és uma puta e tu bem o sabes.

Paro, olho para trás e pergunto-me
porquê?
Era mesmo necessário tudo isto?
Era mesmo?

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