Thursday, December 09, 2010

Abram alas, lá vão as palas...




Apontas o dedo à espera de uma resposta.
Deixaste levar pela torrente incontrolável
que controla todo o teu corpo.
Nada podes fazer além de te deixares cegar pelo ódio,
todo ele acumulado dentro de ti...
Descarregares toda essa fúria em quem estiver mais a jeito.
Foi assim que te vi...

A razão é ausente da acção.
Ignoras o contexto.
O que é realmente importante é o presente.
Afinal de que importa aquilo que veio de trás?

As they say "history repeats itself"

E como não há-de o ser?
A memória é curta,
da mesma forma que a visão.
Para quê compreender a outra parte?
Saber o porquê dos seus actos,
o que os condicionaram?

Tudo isso é irrelevante
e ainda mais imperdoável.
É sempre a maldade que jaz nos seus corações,
a manipulação,
a sede de poder,
nunca o medo,
nunca o pânico,
nunca o desespero.

Tic, tic, tic,
the clock is ticking
e não há tempo a perder para descarregar a própria frustração
na inocência alheia.

Corre, corre,
agarra a primeira pedra que encontres e joga-a contra o teu alvo,
esmaga-o com todo a raiva.
Não tenhas pena nenhuma, pois não é digno de tal.
Destrói, destrói,
não é digno de viver
e não permitas que isso te vá corroer.
Não se pode perder a oportunidade de eliminar a ameaça.

Não importa o que ou quem,
importa sim ser Anti.
Criar um motim,
lançar o caos,
disseminar o ódio
e alimentar eternamente a espiral de violência
exploração,
segregação,
alienação,
manipulação.
Nunca mas nunca dar a mão...
A menos que seja com ela bem fechada
para com toda a força
ser devidamente lançada.
E se não causar qualquer dano então,
volta-se a repetir.

É só rir com a desgraça alheia.
Mesmo que não seja para fora
pois não é socialmente aceitável.
Pelo menos ri-se para dentro.

Bem que podes acenar com a cabeça
e pensar que não,
mas os teus actos dizem o contrário,
tal como os meus.

Por certo que ninguém gosta de ler,
ouvir,
pensar,
ou reflectir sobre o que aqui está escrito.

A pergunta que se coloca é simples.
É este o mundo que queres?

Anda, 
dá-me a mão e vamos...
Vens?
Sozinho não sou capaz...

No comments: