Sinto que não pertenço aqui.
O local acaba por ser irrelevante.
Seja aqui, ali, acolá,
o sentimento mantém-se.
O de não pertença.
É como se eu conhecesse o mundo
e ainda mais o universo me conhecesse
e no fundo conheço tão poucos
e ainda menos me conhecem.
Todos entretidos na sua vida,
todos entretidos no seu grupo,
e aqui o pára-quedista observa...
Tal e qual quando vou ao cinema,
observo o que é projectado na tela
e a vida, toda ela,
a passar ao lado.
Não importa...
Nem sem bem sequer o que importa.
Emerge-se de uma natureza morta,
ou pelo menos soa mortiça...
Lânguida, vazia...
como tu o és,
Como eu disfarço que não,
mas que no fundo sou.
Sou o seguimento do dia que foi ontem,
o preâmbulo do amanhã.
Sem tempo para mim,
Numa vida que resta sem fim
num vazio que ficou por enunciar.
E escrevo...
Escrever sem renunciar ao que sou,
sem bem saber o que tal é...
Pouco importa.
Pouco importa,
desde que a natureza não seja morta.
2 comments:
Perdidos... Sozinhos.. nesta imensidão de Mundo...
e por vezes uns aos trambolhões nos outros....
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