Wednesday, September 01, 2010

Lamechice pegada com traço de um passado distante... ou não...



Quis-me aproximar de ti,
dizer-te o que sentia
sem que isso fizesse sentido
ou tivesse objectivo algum.

Quis te tocar,
algo outrora tão familiar,
hoje não mais do que uma remota memória.
E porque raio continuas a viver em mim?

Quis te matar dentro de mim
mas tu mantens-te viva
e eu não te quero morta.
Quero-te... viva e feliz.

Anseias por uma felicidade
que teimas em a viver de uma forma fugaz
em pequenos balões de ar
E foges, foges, foges sem parar.
Como podes então ser feliz?

Felizes todos aqueles que vivem sem arriscar
dar o salto no abismo que se prostra aos pés
sem pensar no que tem a perder.
Não arriscam simplesmente.

Sim é certo que ainda te quero beijar,
ter-te nos meus braços
abraçar-te como se o mundo acabasse amanhã
mas o destino e o caminho estão selados.

Não que não se pudesse lutar contra o mesmo,
Seria apenas puro desgaste e desperdício.
Roeste a corda,
eu abri a mão.

Facada atrás de facada,
podem por momentos desviar-me do meu rumo
mas o destino está traçado
e por mais voltas que dê... lá... irei chegar.

Mataste-me ao deixar de ler as minhas letras,
Mataste-me ao te afastar
Mataste-me ao não lutar
Mataste-me por simplesmente... não acreditares.

Não te culpo ou julgo por tal,
Tinhas de facto razão ao dizer que o tempo te deu razão.
Agora dou-te eu também a mesma.
Como posso ficar eu com alguém que abre mão de mim?

Caminhamos para mais um amontoado de pueril sentimentalismo...
Como é idiota este meu lado,
Amaldiçoo-o e desprezo-o.
Não és nem nunca foste tu que me matas,
mas sim ele.

Tudo é tão confuso,
Quero-te junto a mim,
Quero-te longe.
Não sei o que quero.

Mais de metade das vezes não sei o que fazer.
Apenas sei que quero o teu bem.
Como tal, afasto-me
e resumo-me à minha insignificância.



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