Monday, September 20, 2010

Quis


Quis...
Quis eu tanta coisa e não fui capaz de me dizer.
Escondi-me de mim mesmo,
atrás de mim mesmo,
comigo mesmo.
E tento fazer para me manter o mesmo,
mas não o sou.
Acordo do meu torpor
que me mantém indiferente para o que me rodeia.
Grito com a minha voz muda por ajuda...
Ninguém o ouve, quero eu acreditar.
O mais certo até é me ignorarem.
É mais fácil assim,
preferível até.
Quem não acha mais fácil fechar os olhos,
para algo que incomoda e desesperado por atenção.
Não te censuro, eu próprio faria o mesmo.
Sou apenas mais um cobarde
que se esquece tantas vezes...
Simplesmente parar e....
Ahhh... Respirar.
Olhar em redor e ver que afinal
a escuridão é bem mais clara do que eu imaginava.
Mas não... Este soldado aqui não vai baixar as armas.
Baixar as armas até ser feliz.
Bem que é certo que desconheço do processo
para atingir tal fim.
Mas ahhhhhh caralho,
irei lutar com todas as minhas forças.
Se tiver que ser contra tudo e contra todos.... Que seja.
Já nada tenho a perder.
Se bem que eu preferiria que antes assim não fosse.
Nestas coisas nunca temos grande hipótese de escolha.
Mas deixemos-nos de coisas.
Espera-me um belo banho de imersão,
seguido de uma sessão de beijos invisíveis por todo o meu corpo.
Sim, porque neste castelo, eu sou rei.
E o rei quer-se só.
Tudo o demais pouco importa.
Aliás, porque outra razão haveria eu de escrever?
Afinal há letras que sem nada dizerem,
dizem muito.

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