Tuesday, March 29, 2011

uma mente desmente



Sente
o presente
que me vai na mente
permanentemente
ausente
da gente
emergida na sua própria indiferença prepotente
ao mesmo tempo que se questiona
"porquê é que  segue tudo igual e não nos aguarda um destino diferente?
porquê?"

Ao observar pela lente
que tudo vê
mas nunca apresenta uma realidade divergente,
o mundo caminha em direcção ao precipício que se apresenta contundente
infelizmente
desta vez não ausente
bem presente.

Efectivamente
ao constatar constantemente
aquela ausência de delicadeza rente
pegou num pente
e rumou como um deficiente
demente
que confundiu o ocidente
com o oriente.

Apesar deste mundo ser o reino da serpente
a ideia que lhe ocorreu levemente
nada tem de servente
mesmo que se vaguei aleatoriamente
nesse mar vago e vazio de gente
permanente
indiferente
tudo acaba num... finalmente.

Tangente
que emerge com o sol nascente
não é fruto da semente
dessa ilusão de pessoa dormente
que se encolhe na corrente
que despende
a vivência de ser doente
absolutamente
demente.

Não há espírito que aguente
quem tanto invente
sem que isso não nos atormente.
Subitamente
tudo se torna disperso num horizonte
outrora díspar verticalmente 
transformando o dois em um assente
num plano horizontalmente
disposto ao prazer vigente.
Sente o presente
que me vai na mente
demente ou ausente
tudo acaba num finalmente.

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