Thursday, March 29, 2007

Orgulho em ser Português

Vergonha de ser Português??? Já me deixei disso. Tenho mais do que orgulho em ser Português. Sim, o facto de Salazar ter ganho e o Cunhal ficado em 2º lugar deixou-me mais do que triste. Hoje já me riu da situação que se reparar-mos bem é deveras caricata. De certo modo é como um... choque de alerta que nos permite ver que ainda temos muito trabalho a fazer. A luta pela alfabetização começa por todos nós que conseguimos estar um pouco mais despertos. É altura de pegarmos nos nossos conhecimentos e partilharmos com os adormecidos. Podem até demorar a o compreender/entender ou mesmo aceitar. Mas o que tem de ser é mais forte que qualquer coisa. Não é silenciando a voz ou mesmo nos reduzindo como povo que iremos alguma vez evoluir. Chega do eterno negativismo e pessimismo Português. É certo que hoje em dia nos define como Portugueses. Mas não vi qualquer tipo de negativismo quando Afonso Henriques se revoltou contra sua mãe e Castela e desceu Península Ibérica abaixo dando o primeiro passo de gigante para a criação da nossa nação. Não vi qualquer tipo de negativismo quando D. João II com 300 cavaleiros iludiu os 2000 espanhóis que se preparavam para tomar de assalto Évora.... Um Rei que sem praticamente nada eleva Portugal como uma das maiores potências mundiais. Chega de mandarmos abaixo o que é nosso. Está na hora de aprendermos a valorizar tudo o que temos de bom e inverter na mesma direcção o que caminha em direcção oposta. D. Afonso Henriques, D. João II acreditaram em Portugal e fizeram dele uma referência. Esses sim, são os Grandes Portugueses, bem como os que com suas letras cantaram a nossa história, ou os que contra tudo e contra todos tomaram a decisão mais humana que se poderia tomar porque era o Correcto. Todos nós podemos ser Grandes Portugueses e acredito piamente que o vamos ser.

Monday, March 26, 2007

Ainda na ressaca de ontem...

Portugal deveria ter ser governado por dois primeiros-ministros. Um, alguém democraticamente elegido pelo povo que por muito má escolha se acabasse por revelar(como todos aqueles que os portuguese elegem...) seria sempre fruto da escolha dessa mesma democracia. O segundo, uma reencarnação Salazarista para governar todos aqueles que o apreciavam como governador, como censor-mor e expoente máximo de uma nação de cordeiros, submissa e que querem a sua voz abafada e silenciada, bem como todas as suas acções que vão contra o "estado" reprimidas. Assim, todos seremos felizes. Eu, pessoalmente fico-me pela primeira opção. Sempre sou livre de dizer o que penso quando, por exemplo, algo não está bem. Da mesma forma que sou livre de apontar o que é feito de bom e o que podemos melhorar.

Como referido no Coisas e Causas:

Na minha opinião só há um grande português porque (como ontem disse Leonor Pinhão umas 49 vezes e meia no documentário emitido no canal público) sem ele não havia Portugal. Senão vejamos:
Sem D. Afonso Henriques Camões e Pessoa não tinham deixada a sua grande herança à língua portuguesa, quanto muito tinham escrito em Castelhano.
Sem D. Afonso Henriques Salazar não tinha sido ditador (talvez o único erro que se possa apontar ao nosso primeiro rei) e Cunhal não lhe tinha feito oposição.
Sem D. Afonso Henriques D. João II nunca teria sido Rei de Portugal, o Infante D. Henrique nunca teria sido o grande instigador da expansão portuguesa e o Marquês de Pombal não tinha reconstruído Lisboa.
Sem D. Afonso Henriques Aristides de Sousa Mendes não tinha sido cônsul, logo não tinha salvo 30 mil pessoas das mãos de Hitler e, por fim, sem D. Afonso Henriques Vasco da Gama teria andado a navegar, tal como Colombo, ao serviço da Coroa Espanhola.

in Blog coisas e causas
E como tal, Grande Português é só um, D. Afonso Henriques e mais nenhum.

E com isto está tudo dito, Olé!!!!

O Melhor Português...

Simplesmente incrível, inacreditável ter ganho Salazar... deixando para trás pessoas, esses sim, grandes portugueses, Aristides de Sousa Mendes (O Embaixador), o Camões (o homem das letras), D. João II (o homem que dividiu o mundo em 2 partes) e o nosso Primeiro - D. Afonso Henriques (A quem devemos a criação do nosso Portugal).

Simplesmente incrível, estúpido e idiota.

Sinal que ainda há muito trabalho a fazer, de modo a se alterar o nosso típico fado, transformando-o no orgulho que todos ansiamos. A nossa alma lusitana voltará a ser levada pelos ventos até aos quatro cantos do Mundo de forma justa, integra e humana. É Kitsch? É à altura do resultado da votação.

Friday, March 23, 2007

às vezes

Por vezes simplesmente me ponho a escrever sem ter qualquer tipo de ideia sobre aquilo que dai vai sair.
Por vezes simplesmente começo. Começo sem sequer ligar ao que a minha mente quer dizer.
Os dedos digitam mais rápido que a minha voz interior chegando mesmo por vezes a sabotar aquilo que quero dizer.
Curioso este processo de auto-sabotagem. Mais curioso ainda é quando a dita auto-sabotagem é realizada a uma outra já anteriormente lançada a mim.
Claro que vocês não fazem ideia daquilo que estou para aqui a escrever. Não se preocupem... não é grave. Eu também não faço.
Claro está que assim sendo tudo isto se passa a um nível irracional que esta de tal modo presente que me questiono "será mesmo assim tão irracional?"
O texto? Talvez... O que deixa as letras saírem do seu cantinho escuro? Concerteza que não o será menos.
Mas afinal qual o sentido disto?
Já os Monty Python o perguntavam no "The meaning of life".
São apenas palavras. E no fundo, como costumo dizer, não tem mais peso do que aquele que nós lhe damos. Mas porque dar qualquer tipo de peso a todo este infindável rol de baboseiras dignas de um verdadeiro muro das lamentações?
As perguntas... sempre as perguntas...
Não se e capaz de fazer nada sem meter a merda de uma pergunta pelo meio.
Talvez não seja mais do que fruto da observação atenta de toda a carneirada que nos rodeia. Com a observação rapidamente se formula - não uma teoria, mas um dado adquirido - o facto que a hipocrisia compensa. No fundo, ao escrever isto não o estou a ser menos do que os outros.
Mudando de tema... tem piada, tem... por muitas voltas que se de, o tema será sempre o mesmo. Por vezes apenas pintado com diferentes tons. Cores que reflectem tudo aquilo que não são. O típico lobo em pele de cordeiro.
Por vezes seria bom que tudo parasse... tudo imóvel... sem se ouvir os tic-tac's que estão sempre presentes de modo subconsciente. Andar passo ante passo por entre as gente. Observar os dois lados: O que projectam e o que realmente sao. Depois fazer um exercício. Medir a distancia entre um lado e o outro. E com isto se obteria facilmente um verdadeiro ratio de hipocrisia e/ou auto-ilusão.
Realmente o facto de não se poder colocar aqui acentos chateia um pouco.
Tal e qual como a vidinha de todos os etéreos mortais.
Por vezes seria tão bom se deixar cair a casca de amargura e deixar a criança presa no interior tomar conta.
Gostamos tanto das crianças. Gostamos tanto das crianças que passamos a nossa vida a reprimi-las de modo a terem uma casca como nos.
Por vezes... seria bom se houvesse paz.
Por vezes... seria bom que simplesmente se acreditasse.
Por vezes seria simplesmente bom...

Wednesday, March 14, 2007

Little Arithmetics... para a minha amiga Diana...

Bem que não fui eu que escrevi isto e claro que poderia perfeitamente nunca ter escrito tal coisa:

Into temptation, over in doubt
Black night, neonlight into my house
talking talking talking about
Out of frustration, over in doubt

Hold me now, I'm hoping that you can explain
Little Arithmetics
Got me down, they're fooling me again and again
Little Arithmetics
Got me down

Sometimes I feel like going down south Sometimes I'm feeling alright
Sometimes I feel like I'm over and out Sometimes I'm losing my mind
Talking talking talking about Sometimes the day is the night
Into temptation, over in doubt Sometimes I don't wanna fight

Hold me now,
I'm hoping that you can explain
Little Arithmetics
Got me down, they're fooling me again and again
Little Arithmetics
Got me down

By:dEUS ...

E pronto, estava ouvir isto e... curioso que me lembrei de ti. Não sei, é sempre algo que te me traz à alembradura. Tenho saudades tuas... e esta é/foi ou whatever dedicada a ti... se bem que bem sei que preferes os originais. Pões-te a queixar para a próxima não levas nada.

Açúcar... muito açúcar para quando os enfermeiros vierem-me entregar o bonito colete branco para adoçar a vida.


Thursday, March 08, 2007

Um monte de coisas para dizer

Sim, tenho sempre um montão de coisas para dizer.
Um monte de coisas para dizer.
Todas elas vazias, mas não importa.
O número, sim, esse é que é verdadeiramente importante.
Existem situações em que nos sentimos deveras abençoados,
por tudo o que somos,
por tudo o que tocamos,
por tudo o que passamos,
e este momento não foge a tal regra.
Sou adulto e consigo chorar...
a criança em mim ainda não morreu.
Não foi isso que alimentou o estado actual,
mas não sou capaz de apagar da minha mente a imagem de Rwanda, Hotel Rwanda.
Apenas um filme... eu... europeu... português e impotente perante tal cenário.
Sim, é apenas um filme... os Rwandeses de actores pouco têm...
sofrem perante a indiferença internacional.
Irritar não é a palavra ideal para descrever o meu sentimento.
Que direito tenho eu de me irritar perante tal situação, que moral enquanto eu, como europeu nada fiz... tão pouco sei o que poderia ter feito.
Sei... que durante o meu dia a dia procuro mudar para melhor o mundo "with my own two hands".
Essa mesma mudança começa por mim.
Falar... fácil
E agir???
A Moral... Somewhere to be found....

Monday, March 05, 2007

raios parta

.
.
três
três são as teclas entoadas por um piano distante
nem sempre temos o que queremos
nem sempre as coisas correm como previamos
e tu que ai estás a olhar para o nenhures
em busca de algo que não procuras
mas sempre em tons de violeta
sem saberes bem porquê... cantas...
mas são apenas teclas...
simples teclas
pretas e brancas....
sem sabor, vazias...
ou talvez não...
ao fim ao cabo, por muito que se tecle
por muito que se diga ou pense
os pensamentos.... esses traidores que muitas vezes saiem sem permissão
traiem-nos... simplesmente traiem-nos...
são capazes de dizer "Amo-te" quando não o sentem
pois não sabem o que isso é
quer dizer... ás vezes sabem e negam-no
Ai o amor.... o amor... o amor...
tantos textos são escrito e não se fala de outra coisa.... amor
como se nada mais existisse no mundo
pouco importa a fome, a destruição ou mesmo a idiotica impertinencia
de bestas que simplesmente não sabem quando estar caladas
é incrivel... simplesmente incrivel
tocar, viver, sentir... pouca importa quando atropelamos aquilo que não vemos
não nos toca directamente
e como tal
andamos altivos... sem olhar para o que nos passa ao lado
isto era suposto ser um texto...
mas não é mais do que um aglomerado de letra
mas não é mais do que um aglomerado de letras
e tudo, mas tudo, resume-se a um vazio de estrelas que jamais foram formadas
e é por isso que muitas vezes o silêncio
é a melhor resposta.
eu como muitas vezes não gosto do silêncio
muitas vezes simplesmente termino com um
vai á merda
.
.
.
live improviso devidamente interrompido at poesia
.