A moratória
não é obrigatória.
O ritmo da que a batida vibra
assim empurra o incauto para escrever palavras vazias
cheias de um sentimento
que o entanto não se é capaz de descrever.
Prover sem o dever
de transmitir conhecimento
no meio de nadas a que se agarra
e nada sem que algum liquido o empurre para cima
ou tão pouco o afogue nos nós
que são os seus perpétuos pensamentos.
que são os seus perpétuos pensamentos.
O movimento
em algum momento
terá de cessar
sem terra nem mar
que se vislumbre
e ilude a pobre alma que confia
sem olhar para os perigos que a rodeia.
Incendeia o sentimento,
a vibração do batimento cardíaco.
Navega desesperado por um sentido
um norte,
um marejar desprovido de amarras
ou tentáculos que o prendam.
Provém do sentir
sem que se viva o presente
ausente
não menos pendente
do momento anterior,
sonho póstumo ilusório
sem que a penumbra comprometa
o que promete,
sem sombra nem vigor
marcado na cara
despido de primor.
despido de primor.
E oiço...
a tua voz...
o teu sussurro...
o teu clamor...
E eu no meio do meu canto,
petrificado,
com medo do próximo passo.
Sou criança.
Sou adulto.
Sou velho.
Sou novo.
Sou o tudo e o nada
que em nada me envolvo
e em tudo me queimo.
Por isso,
temo o próximo passo.
E é tão fácil o dar.
Dá-me a tua mão,
um abraço,
um beijo,
um forte construído de afecto.
Quem sabe se assim
algum dia caminharei,
algum dia caminharei,
ou talvez sairei do meu canto,
pois nem com o canto encanto.
Simplesmente espanto.
As letras vazias
ligadas ao pensamento desconexo
inertes permanecem.
Algum dia terei que andar.
Talvez amanhã.
Talvez não.
Agora, é que não.
Simples esforço em vão.
Vão às vossas vidas.
Afinal a mesma não pára
até à última batida.
até à última batida.
Picture by: md-arts |
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