Tuesday, July 19, 2011

E se eu me importasse???



Não me importa o que digam
pensam 
ou ouvem
desde que estejam no vosso canto
recanto 
de encanto
embebido num pranto.
Nunca chorando
apenas crendo 
na ideia de ser
díspar do acontecer.

Poderia até entender
o que estavas a dizer,
mas quanto mais falavas
menos te ouvias
e fingias
acreditar
nas palavras que gritavas
sem que te questionasses
a razão.

Fixas-te no não
e daí não sais desde então.

Enterraste na tua própria crença
ausente
de um valor presente.
Nem precisam ser muitos.
Um é mais que suficiente.

Não apenas abanar a cabeça,
a dizer sim 
apenas porque sim, 
ou alguém que te o diz.

Acreditar
e quando questionado
ou questionada
responder
sem ser de forma cega,
sem abanar, 
sem desrespeitar.
Compreender o que está em redor
e porque falam assim contigo.

Comigo
já foi feito um trabalho
de pessoa ausente
no meu presente
outrora dormente
agora vivente
e ansioso do segundo premente.

Não fujo.
Prossigo aqui.
Ao pé de ti.
De braços ao alto, 
boca desgarrada,
e coração aberto.
A solidão
não é mais do que um momento.
E eu,
estou,
aqui...
...em ti.

Afinal,
não sentes?

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