Thursday, June 28, 2007

Os dias

Os dias são passados ao ritmos dos anteriores
Uns mais depressa,
Outros nem por isso...
Mas não é por isso que deixam de ser mais iguais
que aos anteriores...
Essa vozes que me ouvem mas não me lêem
Tocam mas não sentem
Sabem mas não vivem
respiram até aquilo que nunca entenderam
Nem eu sei porque o faço
porque teclo
porque hei-de mesmo continuar a teclar
Existe alguma diferença entre aquilo que se passou
E aquilo que realmente é?
No futuro já nem se fala
Esse não se pára de se alterar...
É conforme lhe dá o vento
O sentido que se dá às coisas que nem se sentem
o tocar por entre folhas de palavras
que as mesmas não seguram...
Fazem uma pessoa inspirar aos soluços
ao ritmo de um som carregado de algo
Não tenho que o definir, nem mesmo escrever
Faço-o neste momento contra a minha vontade
As mãos com vontade própria
palavras próprias que a mente desconhece
Não consegue controlar
Não consegue viver o risco branco que escreve pelo chão
Será a sirumba ou qualquer outro jogo infantil
Qual quê.... o que os putos de hoje querem é mais é Playstation
Ainda aí estás?
Porque lês isto? Pára, ou é algo compulsivo
doença que te afecta e não te permite teres vontade própria
tens de ver a palavra fim para parares, é?
Seja.... FIM!

Saturday, June 09, 2007

Existe.

Existe o ser que vive dentro de nós aprisionado
Ele respira, observa e pensa
Pensa para si mesmo o ser que a sua casca criou
São infindáveis os diálogos entre aqui que se pensa
e aquilo que é.

Dois traços que representam aquilo que queiramos.
A poderosa morreu para uns,
para outros apenas um novo ciclo.

Não existem palavras no mundo que descrevem
o melodrama das palavras da linha acima escrita.

E porque não fazes tu mesmo, pergunta o pobre...
E porque não é o mundo linear?
Porque tem de estar sempre tão cheio de ideias
que de novo nada tem.

O que é certo é que enquanto escrevo
não falo daquilo que realmente quero.
Medo? Talvez. Aproveito a aberta e mais uma vez fujo
envolvido neste latente estado de auto-comiseração
triste com o facto estar triste sabendo que trista não é mais do que um estado
Passageiro ou não, apenas depende de como se lida com a questão.

Os olhos estão pesados, mas a vontade de escrever
aquilo que nunca vou dizer, mesmo que seja escrevendo,
continua presente, da mesma forma que o nó invisível.

A realização das ocas ideias que iam assolando a mente cansada de si mesma
permanecem no ar, como se nada se passasse.

É bonito quando tudo o que está bem acaba bem
sem bem saber os limites que se auto-impõem.

As imagens sujas continuam presentes
gravadas em forma de tatuagem
na parte interna da pele.

E depois?
Em nada se iria alterar.
Engraçado, tanto espaço entre as frases e letras.