Existe o ser que vive dentro de nós aprisionado
Ele respira, observa e pensa
Pensa para si mesmo o ser que a sua casca criou
São infindáveis os diálogos entre aqui que se pensa
e aquilo que é.
Dois traços que representam aquilo que queiramos.
A poderosa morreu para uns,
para outros apenas um novo ciclo.
Não existem palavras no mundo que descrevem
o melodrama das palavras da linha acima escrita.
E porque não fazes tu mesmo, pergunta o pobre...
E porque não é o mundo linear?
Porque tem de estar sempre tão cheio de ideias
que de novo nada tem.
O que é certo é que enquanto escrevo
não falo daquilo que realmente quero.
Medo? Talvez. Aproveito a aberta e mais uma vez fujo
envolvido neste latente estado de auto-comiseração
triste com o facto estar triste sabendo que trista não é mais do que um estado
Passageiro ou não, apenas depende de como se lida com a questão.
Os olhos estão pesados, mas a vontade de escrever
aquilo que nunca vou dizer, mesmo que seja escrevendo,
continua presente, da mesma forma que o nó invisível.
A realização das ocas ideias que iam assolando a mente cansada de si mesma
permanecem no ar, como se nada se passasse.
É bonito quando tudo o que está bem acaba bem
sem bem saber os limites que se auto-impõem.
As imagens sujas continuam presentes
gravadas em forma de tatuagem
na parte interna da pele.
E depois?
Em nada se iria alterar.
Engraçado, tanto espaço entre as frases e letras.
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