Wednesday, April 11, 2007

Por vezes dá-me destas...

Começo a ouvir uma determinada música
E dá-me simplesmente vontade de escrever indiscriminadamente
Sem olhar para a forma, as letras
ou mesmo a essência do que escrevo.

Por vezes pensar cansa demais
E limita a própria essência da escrita
Que fala por nós sem pedir qualquer tipo de consentimento.
Respira o seu próprio ar
Tem a sua própria vida.

Por vezes limitada e atrofiada.
Outra vezes simplesmente exposta
Com o peito aberto às facas que se aprontam
para esvoaçar rumo à destruição
daquilo que um dia viria a ser uma obra prima,
que como o soquéte da Voxx dizia
para não confundir com a prima do mestre de obras

É assim a arte, corriqueiramente vulgarizada como desarte.
Não que o conceito ou visão falhe por muito.
É preciso dar espaço para a criança respirar
Fazendo o que tem a fazer por muito que lhe digam
"É errado"

Erra então para ai à vontade.
É com os erros que melhor aprendes a viver o mundo
Como apenas os teus olhos pintam
tingidos pelos sentimentos de quem não quer sofrer.

Para uns uma dor,
para outros uma lição,
comunhão com um deus que nunca conheceram
ou tocaram
como eu te toco a ti que não lês as minhas palavras.

Melhor assim,
não se gastam
e guardo-as apenas para mim.

Egoísta? Talvez...
Afinal dias não são dias,
premissa que muitos usam e abusam
ao qual eu não sou excepção
prometendo e comprometendo-se com acções que jamais irão cumprir.

E por vezes a surpresa acontece...
Contra todas as expectativas
eis que surge do nada,
como um ar que lhe dá... a ... inspiração.

Como é fácil se iludir os tolos
com papas e bolos.

Basta ter passado pelo...
ia dizer suplício, mas não se aplica aqui...
Que palavra usar então?

Já sei.. fazendo uso da teoria do meio copo cheio ou vazio,
gastando ou ganhando tempo a ler estas linhas.

A minha pergunta, a ti, estranho... ou estranha....
Porque lês estas linhas?
Que procuras encontrar nelas?
Não compreendes que elas são vazias e não falam de nada?

É tão fácil misturar arte... ou pseudo... com ataque pessoal.
A indiferença ou anestesia dos sentidos dá neste tipo de coisas.

Palavras leva-as o vento
Escritos... talvez apenas o tempo.

Xô, este texto já acabou.
Podes ir embora e escrever os teus textos que não falam de outra coisa que não... AmorE.
Dizer que gostas de escritores que nem compreendes o que dizem
o que escrevem.
Parece bem...
Muito menos percebes o sentimento e dizes-te sensível.

Pois é. Descambou isto.
Talvez fosse esse o objectivo de inicio, quem sabe...

Eu sou dos que acredita que tudo acontece por uma razão.
Nem sempre percebo porquê.
Houve um tempo em que nem sempre as coisas eram assim.
Esses tempos estão lá atrás... que nem
fotografias a preto e branco,
paradas, estáticas e sem cor.
São apenas uma imagem.
E mesmo que oiças um piano melancólico a tocar,
está tudo na tua mente.
É apenas uma imagem.

Tens por certo uma visão diferente das coisas.
Não te censuro.
É o teu caminho e eu tenho o meu.
Até poderias partilhar o mesmo...
Para isso é preciso pelo menos dois.

Eu... paro, encosto-me e relaxo-me.
Simplesmente observo.
Até sou capaz de colocar a palavra lágrima aqui pelo meio
mas, nada como uma adaptação referido que
poderia estar piurso com tudo,
mas é difícil me manter assim quando há tanta beleza neste mundo
e não consigo sentir outra coisa que gratidão
por todos os segundos da minha
pequena estúpida vida.

Não tentes perceber.
Um dia, sem dares por ela, irás entender.
No fundo o fim não é mais do que um mero início.

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