Friday, April 13, 2007

É fácil

E muito se pode dizer sobre um tema escolhido ao acaso.
Basta acreditar naquilo que se escreve
O modo de descrever uma ausência
de algo presente traduzido em som
som que parece vazio, mas faz-se presente.
De tudo o que poderia dizer,
nada, mas nada sai sem que tenha o aval do ego censor
censura por se escrever algo que não se quer ler.
Uma vez escrito não há volta a dar
Acaba por ter um valor que a palavra não tem.
As acções, essas, por vezes passam despercebidas
E acabam por ser incrivelmente efémeras.

Tu estás ai... eu aqui.
Toco-te sem saber porquê, porque me aproximo
e no entanto imóvel, traído pela minha própria expressão facial
sem saber o que dizer, o que fazer.
Ai, o remoinho... o remoinho, o remoinho
que se faz presente e faz andar à roda, à roda, à roda,
E eu, ainda aqui sentado já com as nádegas a darem de si.
Mais uma vez está na hora.
Hora de ir para a cama.
Ridículo um relógio tic-tac que por acaso até é digital
controlar de tal modo as nossas vidas.
Não tenho nada importante para te dizer.
Mas também, qual a novidade?

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