O tempo não espera para que a forma
tome o seu lugar
entre a vida e a morte
sem que verta azeite naquele lagar.
Salgar sem sal
sem que o mal venha por bem
sei que serão cem
sem sentir os costados no umbral.
Pesa o tempo
e o sono
e o momento
vira morno.
Perdoa o vento
que deriva do pensamento
sentimento
sem julgamento.
Julgava perdido
no entanto era fodido
sem pedido,
apenas temido.
Lá vai o efeito
por certo satisfeito
do ar rarefeito
com a força do impulso desfeito.
Teimo.
Teimo em persistir
no carpir
que me faz rir
sem partir.
E o efeito de sorrir,
sem nada feito
reluz no vidro
cheio de efeito
perfeito
sem eito
mas eleito.
A bomba aguarda.
Em igual dimensão
faz-se presente a guarda
há espera de perdão
fundido na tesão
ali jaz a Marta,
toda aberta e despejada
da emoção
que agora se foi.
Tal e qual o boi
que não mata
mas mói.
Reduzido a pó,
a nada,
à inexpressão,
solidão
sem hostilidade.
No final
resta apenas espaço
para a verdade
ficar por declamar.
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