Wednesday, January 15, 2025

Mr. Slam has departed!

 Mr. Slam has departed!

Neste momento todas as palavras são parcas
Nuas para descreverem o sentimento reinante.
Mais uma página que se vira
e o mundo gira
Entre bobos e bolos, os bobos pululam
e gritam a dor da ausência
outrora temporária
hoje permanente
No entanto registada e vivida
na certeza de que os momentos ficam gravadas nas memórias
e os bolos silenciam a dor.

Amor.
O elemento que liga o Mick à arte
E de que serve ir a Marte
Se o Mick já não mais canta
E chama ao palco em 3, 2, 1
Slam.

Foste... és uma inspiração para mim.
Ho imparato un sacco da te
You pushed me towards a sense
Where misturar las palabras
Fanno tutto o sentido e sentimento
Na eterna mutation da energia
Piena di alma
Onde os dragões prestam vassalagem
a la memoria del ritmo
mesclato tra il fast e o lento.
Relento o momento vivente
Da incerteza do tic seguinte
pleno de gratidão
Porque aconteceu
E tive o privilégio de estar lá
e de ver, ouvir e sentir
aquilo que de nenhuma outra forma
poderia ser vivido.

Grazie fratello delle parole proiettate e spaccate
emozionate e mai fermatte.
Ci vediamo tra le parole.

Tic, tic, tic!

Em
3,
2,
1,
Slam.

Dedicated to Mick Mengucci, the Li Slam Boa Father.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=147504355303263&set=pb.100001310980430.-2207520000

 

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Friday, November 08, 2024

Sabor a-mar

 O tempo não espera para que a forma
tome o seu lugar
entre a vida e a morte
sem que verta azeite naquele lagar.

Salgar sem sal
sem que o mal venha por bem
sei que serão cem
sem sentir os costados no umbral.

Pesa o tempo
e o sono
e o momento
vira morno.

Perdoa o vento
que deriva do pensamento
sentimento
sem julgamento.

Julgava perdido
no entanto era fodido
sem pedido,
apenas temido.

Lá vai o efeito
por certo satisfeito
do ar rarefeito
com a força do impulso desfeito.

Teimo.
Teimo em persistir
no carpir
que me faz rir
sem partir. 
E o efeito de sorrir, 
sem nada feito
reluz no vidro
cheio de efeito
perfeito
sem eito
mas eleito.
 
A bomba aguarda. 
Em igual dimensão
faz-se presente a guarda
há espera de perdão
fundido na tesão
ali jaz a Marta,
toda aberta e despejada
da emoção
que agora se foi.
Tal e qual o boi
que não mata
mas mói. 
 
Reduzido a pó, 
a nada,
à inexpressão,
solidão 
sem hostilidade.
No final
resta apenas espaço 
para a verdade
ficar por declamar.
 


Friday, August 23, 2024

Monday, November 27, 2023

Fio

Há dias em que apetece tudo menos ser alguém.
Desaparecer por entre uma multidão de nadas e nada ser
Pertencer a tudo e a nada ao mesmo tempo, 
como se o tempo não fosse o de agora,
o de amanhã, 
o de ontem
mas o de todo o sempre.

Para sempre é um longo tempo,
sem que o tempo seja uma medida real,
pautada e guiada no pensamento. 
Pequeno momento fugaz
que se desfaz
rumo ao firmamento
e eu sem onde me firmar. 

Poderia parar. 
Mas assim não tem tanto encanto
e perco-me no canto
nesse recanto
onde jaz o meu pranto.

Talvez cheio, 
talvez vazio,
pouco importa
porque tudo resiste por um fio.
Pio.

E o...
Cibilar de mais um momento
digno de um autêntico jumento
que no seu inerte tormento
tem muito mais movimento
ternurento
que apenas necessita de fundamento
para justificar o seu lamento.

O fio une-se ao pavio
e nos junta em tons melacólicos
pautados duma percepção parcial.

Não que outrora fosse total.
Mas pelo menos era bem mais significativa.
E a vida...
Ai a vida...
Um dia a seguir ao outro...
E eu preso entre o meu tormento
e a minha gratidão de um dia mais te ter aqui.
Não necessariamente para mim.
Mas simplesmente aqui... ao pé de mim.

Obrigado. 

pic by:augenweide

pic by: augenweide

Monday, October 23, 2023

Anda

Pende o passado pendente do momento seguinte
Entre a luz e as trevas 
Que nos une e separa ao mesmo tempo
Sem que o tempo
que há tanto tempo se faz sentir...
Advertir!
A tempestade que há-de vir
As lágrimas que secaram de tanto esperar.
 
É um atropelo de palavras soltas
que juntas nada querem dizer
e ao mesmo tempo libertam algo dentro de mim,
não sei eu bem o quê.
Mas se calhar também não importa
tal e qual uma porta
que se abre para o infinito 
sem se sair do mesmo lugar. 
 
É um sítio comum 
sem sequer alguma vez o ter visto. 
É um amontoado...
de nada que tudo diz
sem nada significar
mas significa o mundo para mim.
 
O meu mundo
que tu ocupas
e nós vivemos
sem saber o porquê
nem o ter de saber
porque no final a vida é mesmo assim.
Um mundo de incertezas
Sem que nada tenha real valor,
muito para além daquele que lhe damos. 
 
Chega de bílis
num lugar onde o amor
não tem outro lugar que sentado no trono 
a reinar sobre todos os fazem parte do seu exército
que aos poucos vão desertando 
dando lugar a sentimentos tão menos nobres. 
 
O insignificado prosegue 
bem como todo o rol jorrando desde dedos
que não fazem mais do que reproduzir
aquilo que a mente dita
sem que minta 
ou pelo menos tenha consciência disso. 
 
É só mais um pedaço de papel, 
um suspiro, 
um espirro 
porque lá fora faz frio
e a corrente não deixa avançar.
Permaneço plantado 
como se me esquecesse de como mexer.
Os dedos mexem, 
as pernas não. 
 
Mais um dia, 
Mais uma etapa rumo ao infinito. 
 
Bora. 
 
Não há tempo a perder. 
Vens comigo?

Evoked by Storm
pic by: bisbiswas

Monday, December 12, 2022

Eternidade de pequenos momentos que se apresentam



Na nossa vida damos prioridade às mais diferentes coisas.
Não existe melhor nem pior.
É o que é.
Sem tirar nem pôr.

E por muito que se procurar algo sentido
Neste sentimento de desaparecimento
No meio duma multidão familiar
No entanto desconhecida
Risível, pintada duma névoa de incerteza
Incerta do seu rumo,
No entanto certa da sua certeza
Foi apenas uma gentileza
Vã de sentido
Vã de intenção
Foi mais um parecer que um ser
Sem saber ao que ia
Sem saber ao que encontrava
Perdeu-se no meio do seu ser
Até que se encontrou
Sem saber o que era
Sem saber o que gostava
Sem saber como se identificava
E identificado ficou quando tudo aconteceu
Mas apenas surpreso ficou quem não o conheceu.

Hoje é um dia,
Amanhã outro,
Apenas mais um dia
Onde da mesma forma que o sol se levanta,
Também se põe.
Excepto quando é o último...

E quando assim é há que aproveitar,
Sem clamor
Mas muita obstinação.
Mesmo que seja o último,
É importante, tanto quanto se quiser
Viver-se como se fosse o primeiro,
Com sede de viver.

A plenitude não é um estado permanente
Mas sim, uma coletânea de momentos
Que entre si pintam a tela que é a vida.
Essa é só uma.
E como tal,
Todos temos o dever moral da viver,
Sem meias medidas,
Sem temor,
Sem ancoras,
Sem preconceitos,
Sem juízos de valor.

Hoje é um dia,
amanhã outro,
E assim sucessivamente
até ao final dos dias,
Rumo ao infinito,
Rumo à eternidade.

pic by: liiga


Tuesday, August 16, 2022

Valor

 O mundo às vezes é um sítio fascinante
Onde por vezes os outros dão todo a valor
a coisas que nós não damos nenhum.


pic by:nexumorphic

Sunday, July 31, 2022

Carta ao meu pequeno eu

 Desculpa-me.
Desculpa-me não ter conseguido estar para ti,
Como queria.

És apenas uma manta de retalhos, 
(mas uma linda manta de retalhos)
E limitaste-te a fazer o melhor que eras capaz.
A culpa não é nem foi tua.
Não sabias como lidar com aquilo.
Não sabias como te proteger.
E tudo o que fizeste foi sobreviver.
Pouco importa se aquilo que aqui expresso está bem escrito ou não.
O importante é escrever
Pois só assim consigo falar com o meu pequeno eu.

A vida vai continuar a dar-te razões para alimentares a ideia que merecias.
Por favor acredita em mim quando te digo que és mais forte do que pensas.
Por um lado podes pensar que estás sozinho, 
mas embora não me vejas estou para ti,
em particular naqueles momentos em que não vires ninguém em teu redor.
Dar-te-ei aquele abraço que precisas 
e ninguém se apercebe de tal.
Pensam que tudo aguentas e que não sentes como os demais.
Mal eles sabem que sentes bem mais que todos eles juntos...

És um ser maravilhoso e nunca te esqueças disso.
Principalmente quando não o sentes...
Mas eu sinto, 
Porque tu és eu e eu sou tu.
Passado, presente, num só.
Por muito que o dia de hoje possa ter sido negro,
amanhã será apenas mais um,
onde só de ti depende o que farás do mesmo.
 

pic by:tomtc

Tuesday, June 14, 2022

O saco

 Por muita resistência que o saco de boxe possa ter
aos socos
aos pontapés
aos maus-tratos
à dor
Um dia ele rompe-se.

 

pic by:n647

 

Monday, March 21, 2022

A parada do parado

 Por um momento
as palavras leva-as o vento
na certeza do firmamento
com a firme certeza 
da corteza afirmação
onde apenas na imaginação
foi cortês na esperança da sua absolvição.

Mas não deixes por um momento
que a tua certeza abale ou vacile
sem sequer um fundamento
que envolve o teu lamento
lento
e ao relento
com pouco alento
neste ritmo arritmico 
onde com o meu jumento
me sento.

Sento
Páro 
Penso 
Medito
Reflicto
me encontro
E canto
no meu canto redondo
de onde volto e torno a voltar
tal como a volta da vida
que vive a voltar.

Paro.

Oprimido pela ignorância
ou precisamente pelo oposto
pelo tudo ver
e permaneço inerte...
sem saber o que fazer.

Este constante para-arranca
que regularmente desanca
sem apelo ao parafuso que jaz na anca
perdura e dura
não só o é como se faz
pinta-se 
até que se torna parte si
sem que o si soubesse o que fosse
embora pensasse que sim.
 
No fundo, 
É aí que reside o problema.
Pensar que se sabe
sem encontrar a humildade
que é uma pessoa simplesmente estar errada. 
 
Para.
Respira.
Aprende.
Não há mal nenhum.
E se tiveres capacidade
É apenas uma forma de aprenderes.
 
Pic by: borda