Monday, January 29, 2007

O escape...

Que mania de colocar reticências...
Gosto. Deixa a ideia em aberto.
Também é mania de procurar a banda sonora perfeita para escrever.
Neste caso, A Perfect Circle - The Noose.
Quase que rimava... Perfeita... Perfect
Aumento o volume dos Headphones de modo ao som preencher por completo os meus ouvidos.
Talvez nada mais do que na vaga esperança que nada mais entre em minha mente,
dando apenas espaço para o ritmo a que as palavras escritas, não ditas, serem expulsas.
Tudo isto porque simplesmente parece que me falta o ar,
ou sabe-se lá o quê.
Depois sou um tipo difícil de contentar.
Coloco mil e um mp3 no winamp,
misturo-os de modo aleatório
e vou pressionando b, b, b até encontra a dita banda sonora perfeita.
Como acabou A Perfect Circle, agora é Incubus - Southern Girl.
Ok, já me estou a desviar do contexto, da razão pela qual começei a escrever.
Tudo isto porque os testes aproximam-se e eu, aqui, empancado.
Revolto-me contra a minha parvalheira natural e fico-me perante ela, impotente...
à sua inteira mercê.
Por estradas...
Mas que estradas? Que tem isso a ver com o que estou para aqui a fingir que digo.
É da banda sonora.
B, B, B....
Porra, estava difícil.
Do mesmo modo que me está a ser teclar este texto sem sentido.
Não me importo com as consequências vazias e sem sentido do mesmo.
Amanhã, levanto-me, vou trabalhar e passo o dia a dormir em pé.
Responsabilidade é tão simplesmente minha.
Interessante... como se isto me fizesse algo
no género de desfazer o nó que eu próprio atei à minha volta,
ou assim me o querem fazer crer.
Mas com que sentido?
É sempre tão mais fácil culpar os outros pelas coisas cuja responsabilidade não difere da pessoa que lança tais pensamentos.
Está-me a faltar combustível de forma fluida
E com isso, a escrita é directamente impactada.
Desta vez o b não foi suficiente e tive que manipular o aleatorismo da coisa.
Tal como peças de Xadrez, em que somos o jogador e as próprias peças.
As coisas que fazemos e tocamos fazem parte de tudo aquilo que está em redor do fantasma que nos possuí e faz seguir a ilógica do ser sem pensar, nem orar, sem sequer pedir.
Não vale a pena.
O sentimento não se vai lavar ou limpar por si próprio.
Era bom que assim fosse
e que de um toque, de uma explosão,
Tudo fosse renovado e tornado em algo melhor
Um mundo melhor.
Não será afinal isso tudo aquilo que todos queremos?
Uma vida, um mundo...