Thursday, April 11, 2013

Treme


photo by: ineedchemicalx
Saber o que fazer
sem ter medo do acontecer
perder sem morrer
o antes
o agora 
e o depois
para voltar ao antes
sem o pois.

Sois
quem sois
porque sois
a sombra da indefinição
latente
jazente
e talvez um pouco tremente
sem que o amanhã te procure. 

Ouve sem temer.
Tremer... sempre
que for preciso 
e fores capaz 
de voltar 
a repetir o mesmo passo
sem que se passe
do passado
andado
num mergulhado estado de emoção.
Translacção emotiva
que se traduz
à vaga ideia que a reduz.
Poderia até ser vagarosa
longe da proveitosa
idosa que treme 
no abismo que se abriu.
Perdeu-se o fundo,
sem que se visse o fumo
e no mundo 
tudo gira sem estar parado. 
Irado 
por certo levado,
mas a leva não concerta.
Treme,
sem parar, 
resultado de um passo perdido
sem passar o resto do dia 
no lar que um dia soube a mar.
Sou leão, 
imaginação de uma criança 
fértil em defeitos 
parca em louvores, 
deserta pela permanência
do jogo que não pára.
Ri-se sem saber.
Ri-se.
Ri-se porque simplesmente é bom.
E tu, porque choras?